CONFLITOS NA POLÍTICA LOCAL.
OSM

O grupo dos “Macacos” está em conflito que pode gerar a sua divisão e a entrega do poder municipal aos grupo dos ”Jacus”. Na última eleição Diomário e diversas lideranças rompeu com Luis Carlos e saiu candidato da “Macacada”. O grupo ganhou as eleições. Diomário enfrentou grandes dificuldades para estabilizar a gestão. Contudo, pagou em dia os funcionários e aos fornecedores. Obrigado pela Lei a fazer concurso, não pode renovar contratos temporários dos seus correligionários. Enfrentou essa situação que lhe trouxe muito desgaste político e nisso teve a contribuição de algumas lideranças do grupo que vendia para os insatisfeitos a idéia de que ele deveria dar “um jeitinho”, e não fazer o concurso. Se ele assim procedesse já teria sido afastado do cargo, como ocorreu com outros Prefeitos. Preparou vários projetos. No social, conseguiu um grande avanço, porém no que tange as obras, muitos ficaram paralisados por causa da situação de inadimplência do município.

A oposição lhe desgastava no rádio cobrando obras. Segundo informações, com lideranças políticas e vereadores, foi nessa situação, que Antonio Colonnezi e Jurandy, aconselharam Diomário a buscar uma coligação com o PT, visando recuperar os eleitores insatisfeitos, e o autorizaram a falar em nome deles, do próprio Diomário, fazendo uma proposta em que o PT indicaria o Vice de Diomário para reeleição. Isso em meados de setembro do ano passado. O PT ficou de dar a resposta posteriormente. Em novembro do ano passado, livre o município da inadimplência, os projetos de Diomário começaram à aparecer na sociedade. Em dezembro ele inaugurou o estádio de futebol, deu abono aos professores, pagou antecipado salários e 13º, fez uma grande festa de natal e fim de ano. Em janeiro inúmeras obras aparecem em construção na sede e no interior. Todos esses fatores e mais as satisfações dos comerciantes, contribuíram para que Diomário se recuperasse do desgaste e fosse elevada a sua popularidade.

Mas, estranhamente, a cúpula da “Macacada”, dava sinais de que não estava gostando da popularidade do Diomário. Foi lançada a candidatura de Jota e, em seqüência, um movimento não aceitando a coligação com o PT, que tinha em Dr. Humberto Colonndzi a principal resistência. Diomário faz pronunciamento no rádio e insiste na manutenção da aliança, alegando que não procurou o PT por conta própria, mais sim autorizado por Antonio, Dudy, Jurandy e todos os vereadores do grupo. Como resposta, Antonio e Jurandy, falando também em nome de Dr. Humberto dizem que apesar de Diomário está fazendo uma excelente gestão, não estão satisfeitos com o seu trabalho político, sugerem que o grupo antigo da “Macacada” indique um candidato a prefeito e Diomário indique o vice. Antonio diz que cruzaria os braços se Diomário fosse o candidato. O interessante é que, conquanto Antonio declarava não concordar com a aliança com o PT, dias antes, segundo relatos do Dr. Carlinhos do PT, Antonio, acompanhando de Soares, esteve na casa dele, que é presidente do PT, ofertando apoio a Dr. Ademildo para prefeito. Ademildo também estava na reunião. Dias após, Soares alegando dificuldades para esse apoio sugere ao vereador Ademildo que este seja o vice de Antonio. Contudo, o PT, em uma reunião com a presença de 59 dirigentes, aprovou, com 53 votos favoráveis a coligação, cabendo a eles o direito de indicar o vice-prefeito na chapa em que Diomário seria prefeito.

Após esse fato, o grupo composto por Dr. Humberto, Jurandy, Antonio e Dinovaldo, passou a não querer a coligação com o PT. Diomário continuou insistindo na coligação, não só porque alegava ser muito boa, eleitoralmente, como excelente para Ipirá, que com ajuda do PT iria conseguir muitas obras e benefícios dos Governos de Wagner e Lula.

No entanto, assim não pensam as pessoas acima indicadas. Aceitam a coligação, pelo visto, contanto que exclua Diomário e coloque Antonio em seu lugar.

Como noticiou Ipirá Noticias, Diomário e Antonio conversaram no dia 17, sábado. Uma conversa muito amistosa, porém sem solução. Diomário disse a Antonio que queria a compreensão dele e dos outros companheiros de grupo. Ele teve uma gestão muito difícil. Face os débitos do município, considera ter perdido dois anos e meio da sua gestão. Disse que gostaria de terminar vários projetos que não tem condições de findar esse ano. Não fora esses fatos e ele abriria mão do seu direito à reeleição. Entendia que a aliança com o PT, na forma como combinaram, era fundamental não só para a vitória, mais para a realização de muitas obras para o município, com ótimo proveito para toda a população. Que na próxima eleição não poderia ser candidato. E, aí, seus sucessores naturais seriam pela ordem Antonio, este não querendo, Dudy e se este não fosse teria o nome de Jota. Que faria o Governo com a participação de todos. Antonio lhe respondeu que estava falando em nome dele, de Dr. Humberto, Dinovaldo e Jurandy e que Diomário sendo candidato eles lançariam outro candidato para concorrer. Diomário insiste na composição. Quer o grupo unido e marcou novo encontro com Antonio. Disse que irá esgotar toda a sua capacidade de dialogar, irá até o último momento para manter a unidade do grupo. Se não for possível, ouvirá os vereadores, candidatos, seus amigos, correligionários e tomará uma posição.

Dentre as pessoas da cúpula da macacada, a alegação de que Diomário havia feito um acordo de apoiar Antonio como seu sucessor e agora não quer cumprir. Ouvimos Diomário e ele disse que não está quebrando nenhum acordo. Não houve compromisso de Antonio ser candidato agora, quando ele tem direito à reeleição. Antonio dizia a todo mundo que não queria ser candidato agora. O estimulou a procurar o PT como candidato a Prefeito do grupo. Que Antonio, se quiser, será o seu sucessor na próxima eleição municipal. Já aí em melhores condições do que agora. Pois poderá dar seguimentos aos seus projetos de governo e a eleição de Antonio ser muito mais fácil. Afinal, se não for engano, Antonio é mais novo do que ele uns 12 anos. É forte. Pode aguardar. Já ele, Diomário, não. Já tem 65 anos e se o grupo unido o apoiar, tem grandes chances de ganhar as eleições e após ficará apenas como conselheiro.

Diomário se considera do grupo. Diz que jamais procurou o outro grupo em busca de apoio. Permanecerá no grupo, mesmo que na dissidência. Indagado sobre as noticiais de que Antonio e Jurandy tiveram um encontro com Delorme, para tirarem um candidato em comum, diz preferir acreditar que Antonio não teve esse encontro. Mas, as noticiais desse fato são muito fortes. Como explicar uma união entre Antonio e Delorme para os eleitores de seus grupos?

Segundo um experiente político, que não quis se identificar, “é preciso que o grupo da “Macacada” se encontre, se ajuste de forma coerente, para não perder a oportunidade de se manter no poder, o que nunca conseguiu antes. Se entregar o ouro à “Jacuzada”, adeus prefeitura. No poder esse grupo já demonstrou que sabe ganhar eleições. Nos últimos 40 anos os macacos só ganharam um vez com Jurandy, outra com Antonio e agora com Diomário. Se este for para reeleição, com o grupo unido, com reforço do PT, são mais 04 anos e possivelmente mais 08 depois. A união é fundamental, importante para todo o grupo. O povo é sábio e sabe distinguir quando os políticos estão defendendo os interesses de todos ou apenas de alguns. Por isso, PENSE BEM MACACADA”

Essa reportagem é resultado de conversas mantidas com Diomário, lideranças políticas e pessoas da comunidade.

 
 
 
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