No Brasil, a data é comemorada no dia 12
de Junho por ser véspera do dia 13 de junho,
dia de Santo Antônio, o santo católico
responsável pela lenda de ser casamenteiro.
12 de junho é uma invenção
do comércio de São Paulo; isso mesmo
foi os comerciantes paulistas que introduziram
esta data no calendário brasileiro para
aquecerem suas vendas.
A
história do Dia de São Valentim
remonta um obscuro dia de jejum já tido
em homenagem a São Valentim. A associação
com o amor romântico chega depois do final
da Idade Média, durante o qual o conceito
de amor romântico foi formulado.
O
dia é hoje muito associado com a troca
mútua de recados de amor em forma de objetos
simbólicos. Símbolos modernos incluem
a silhueta de um coração e a figura
de um Cupido com asas. Iniciada no século
XIX, a prática de recados manuscritos deu
lugar à troca de cartões de felicitação
produzidos em massa. Estima-se que, mundo afora,
aproximadamente um bilhão de cartões
com mensagens românticas são mandados
a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos
do ano. Também se estima que as mulheres
comprem aproximadamente 85% de todos os presentes
no Brasil.
Durante
o governo do imperador Caldeus II, este proibiu
a realização de casamentos em seu
reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso
exército. Caldeu acreditava que os jovens
se não tivessem família, se alistariam
com maior facilidade. No entanto, um bispo romano
continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição
do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimônias
eram realizadas em segredo. A prática foi
descoberta e Valentim foi preso e condenado à
morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam
flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda
acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram
mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Assíria
filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão
do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram-se
apaixonando e ela milagrosamente recuperou a visão.
O bispo chegou a escrever uma carta de amor para
a jovem com a seguinte assinatura: “de seu
Valentim”, expressão ainda hoje utilizada.
Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de
270 d.C.
Namoro,
amor, paixão, afeto e carinho; estas palavras
estão ligadas diretamente no contexto romântico
e “poético” dos casais de namorados
e quando se fala em namorados, incluem-se ainda
os noivos e casados. O dia dos namorados é
na verdade um simbolismo poético da união
entre pessoas; uma espécie de lembrete
para os que se dizem amar. Mas e na prática,
será que isso funciona mesmo? Será
que os casais atuais praticam o amor verdadeiro,
cultiva o afeto, a lealdade ou plantam amor para
colherem mais amor?
Eu
me lembro dos tempos em que eu comecei a namorar;
tudo era diferente de hoje; havia a libido que
nos matava aos poucos, mas namoro em minha época
necessitava de um período de maturação
para que antes pudéssemos falar de sexo,
e nem faz tanto tempo assim. Eu fui conhecer um
motel aos 17 anos quando fui vistoriar uma obra
onde a empresa que eu trabalhava fornecia alguns
materiais; ganhei uma diária grátis
e fiquei alguns meses sem saber quem poderia levar
comigo.
Outro
dia, encontrei um amigo que me confidenciou que
na noite anterior havia levado uma garota para
um motel, após uma festinha; falou que
eles transaram a noite inteira e no dia seguinte,
depois que deixou a moça em casa, lembrou
de perguntar seu nome (e de dizer o dele). É
obvio que existem exceções, mas
do jeito que a coisa anda esta data só
sobreviverá porque (pelo visto) o comércio
é mais forte do que qualquer amor; o vil
metal sobreporá qualquer atitude romântica
que predestine o encerramento da data.
A
nova onda dos namorados na atualidade é
a “pegação”, o “ficar”
ou até mesmo o “transar” sem
mesmo saber o nome de quem se leva pra cama; a
nova ordem romântica é transar pela
internet, marcar encontros pelo Orkut ou pelo
MSN; flores, praticamente não existem mais
na vida dos românticos atuais e cartões,
estes agora são virtuais (grátis
e práticos). Para os que se lembram da
data, os perfumes (www.zeros.com.br), roupas,
CDs e DVDs são os mais procurados e os
motéis, estes continuarão lucrando
muito; basta passar na frente de algum no dia
12 de junho para notar as filas nas entradas.
Bares e restaurante também capricham nas
decorações, promoções
e nos cardápios e também levam uma
fatia deste bolo de amores.
Para
mim que estou em São Paulo por motivos
profissionais, resta-me torcer para neste dia
12 a TAM conseguir me levar para casa o mais cedo
possível para, quem sabe, poder comemorar
a data com velas, vinho e um bom quitute afrodisíaco.
Eu acredito que, quando se há amor, todo
dia é dia dos namorados, dia dos pais,
dia das mães, dos filhos, etc.; e você,
acanhado por alguma circunstância do passado,
com ou sem presente, dê um abraço
em seu companheiro (a) e diga um “eu te
amo” espontâneo e note como o dia
fica muito mais belo.
Feliz
(todo) dia dos namorados,
Carlos
Henrique Mascarenhas Pires
www.irregular.com.br