Segundo
os resultados, publicados na revista científica
American Journal of Clinical Nutrition, 35% dos
participantes que não bebiam chá demonstraram
uma queda média de dois pontos no número
de pontos atingido nos testes de memória,
o que indica declínio cognitivo.
No
entanto, cerca de 65% dos participantes que bebiam
pelo menos duas xícaras de chá diariamente
mantiveram os mesmos resultados nos testes cognitivos
dois anos depois do início da pesquisa.
Os
cientistas sugerem que a descoberta pode auxiliar
na redução no risco de demência
entre os idosos, já que o declínio
cognitivo pode progredir para o mal de Alzheimer.
"O
potencial efeito do consumo de chá contra
o declínio cognitivo em idade avançada
tem uma importância grande, já que
a população está envelhecendo
rapidamente e há grande incidência
de demência vascular e de Alzheimer",
diz o estudo.
Substâncias
O
estudo ressalta que o efeito preventivo do chá
não está relacionado a apenas uma
substância, mas “ao efeito sinérgico
de vários de seus componentes químicos”.
Entre
as substâncias que poderiam influenciar a
capacidade cognitiva, os pesquisadores destacam
o polifenol - uma classe de substâncias químicas
conhecidas por ajudar na prevenção
de doenças cardiovasculares - e a teanina,
um aminoácido conhecido pelo seu efeito relaxante.
De
acordo com a pesquisa, apesar de a cafeína
também estar presente nas folhas dos chás
preto e verde, os cientistas não observaram
nenhuma relação entre o consumo de
café e uma melhora no desempenho cognitivo.
Por
isso, o estudo afirma que é "menos provável"
que a cafeína presente no chá tenha
algum efeito na prevenção da perda
de memória observada no estudo. |