ROMA,
30 JUL (ANSA) - A maconha se tornou principal produto
agrícola dos EUA, um negócio de US$
35,8 milhões, afirma a agência católica
Fides, com base em dados provenientes de vários
organismos federais norte-americanos.
E, com o aumento da produção, acrescenta
a agência, aumenta também o consumo
e a preocupação da igreja norte-americana
pelos danos sociais e individuais provocados pelo
uso da substância.
No país existem, segundo a agência,
56,4 milhões de plantas de maconha cultivadas
ao aberto, com uma renda de US$ 31,7 bilhões,
e outras 11,7 milhões de plantas cultivadas
em estufas e espaços fechados, que constituem
uma renda de US$ 4,1 bilhões. A maconha,
segundo os dados da Fides, é o principal
produto agrícola em termos de rentabilidade
em 12 estados, está entre os primeiros 3
em 30 estados e entre os primeiros 5 em 39 estados.
A plantação de maconha é mais
extensa do que a de algodão no Alabama, do
que as de uva, hortaliças e feno juntas na
Califórnia, do que a de amendoim na Geórgia,
e do que a de tabaco na Carolina do Sul e na Carolina
do Norte.
Segundo estimativas do governo do EUA, citadas pela
agência, a produção interna
de maconha aumentou, se multiplicando por dez nos
últimos 25 anos, de mil toneladas produzidas
em 1981 a 10 toneladas em 2006. Em cinco estados,
Califórnia, Tennessee, Kentucky, Havaí
e Washington, o cultivo de maconha representa mais
de um bilhão de dólares para a economia
local.
A Califórnia é o principal produtor
e exportador dentro dos EUA, ao ponto que no momento
teria substituído seu destaque na produção
de vinhos com o destaque em produção
de cannabis. Os consumidores californianos de maconha
representam 13,25% dos consumidores totais nos EUA,
enquanto a Califórnia produz 38,68% da maconha
norte-americana.
A produção de drogas ilícitas,
afirma a Fides, se baseia muitas vezes em um mercado
de trabalhadores clandestinos, sobretudo latino-americanos,
e sobre um agressivo sistema de segurança
nas plantações, constituído
por guardas armados, explosivos e cães de
guarda, "que tornam difícil e perigosa
a atividade da polícia". (ANSA) |