Bahia recebe R$1,2 bi do Bolsa Família por ano
Estado lidera em volume de recursos e no número de beneficiados do programa no país
Osvaldo Lyra | 17-08-2008

Principal programa social do governo federal, o Bolsa Família injeta, anualmente, R$1,22 bilhão na economia baiana, o que equivale a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Pelo menos este foi o volume de recursos disponibilizados às cerca de 1,42 milhão de famílias beneficiadas, no período compreendido entre julho de 2007 e junho de 2008. O estado é o que mais recebe recursos no país do programa gerenciado pelo Ministério de Desenvolvimento Social (MDS).

Segundo o coordenador regional do programa, Nilton Freire, o valor do benefício varia de R$62 a R$182. E quem pode receber? “Famílias que têm renda per capita inferior a R$60 recebem automaticamente o benefício mínimo. Aliado a esse valor, soma-se R$20 por cada filho (de 7 a 17 anos) que estiver matriculado e em atividade escolar”.

Freire informa ainda que houve uma redução no número de bolsas entre os baianos. Há um ano eram 1,46 milhão de famílias beneficiadas. Ou seja, houve uma defasagem de 48 mil famílias. Apesar disso, a meta do governo baiano é atingir no final do ano o teto para o estado, que é de 1,5 milhão de famílias. Ao todo, são repassados mensalmente uma média de R$102 milhões para os baianos.

Alimentação - Segundo dados do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), 91% dos titulares do programa no Nordeste usam o dinheiro do Bolsa Família, principalmente, para alimentação. Dessas, 78% gastam com açúcar, refrigerantes, doces e guloseimas; 68% com arroz e cereais; 68% compram leite e derivados e apenas 40% compram frutas e verduras. Ainda de acordo com a amostragem, o segundo maior gasto dos beneficiários do programa se dá com a compra de material escolar para os filhos.

O governo federal anunciou que pretende prolongar a permanência das pessoas no Bolsa Família. Atualmente, quando alguma família melhora de renda e ultrapassa o patamar da pobreza, ela pode ser excluída automaticamente do programa. De acordo com um decreto da Presidência da República, a melhoria não implicará na exclusão imediata. Cada família poderá permanecer até dois anos, mesmo com aumento na renda. Isso, desde que não omita informações e atenda às contrapartidas exigidas oficialmente, tais como a permanência de crianças na escola e a carteira de vacinação em dia.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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