Juros do cheque especial chegam a 162,7% ao ano
Índice é o mais elevado desde o registrado em agosto de 2003
Correio da Bahia | 26/08/2008


Brasília - Os juros do cheque especial aumentaram de 159,1% ao ano, em junho, para 162,7% ao ano, no encerramento de julho. Com o aumento de 3,6 pontos percentuais, o cliente bancário, que não pôde fugir do cheque especial, pagou o juro mais alto da modalidade desde agosto de 2003, quando fechou em 163,9%. Os dados são do relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, elaborado pelo Departamento Econômico do Banco Central (Depec/BC).

Dados preliminares referentes às duas primeiras semanas deste mês indicam juros ainda mais altos, em todas as modalidades de crédito, segundo o chefe do Depec, Altamir Lopes. O aumento de juros, no mês passado, se deu em todas as modalidades de crédito para pessoas físicas. No crédito pessoal, o juro passou de 51,4% ao ano, registrado em junho, para 53,6%. Na aquisição de veículos, subiu de 31,1% para 33,5%.

Nos financiamentos de outros bens, os juros passaram de 56,7% para 57,9% ao ano. Até as operações de crédito consignado em folha de pagamento, consideradas de risco zero, foram corrigidas de 27,7% para 28,4% ao ano.

Os juros para pessoa jurídica (empresas) também cresceram para desconto de duplicatas (de 38,5% para 39,4%), capital de giro (de 30,4% para 32,1%), conta garantida (de 68,8% para 70,7%) e aquisição de bens (de 17% para 17,8%).

A única modalidade cujo juro caiu na comparação mensal foi o desconto de promissórias: de 49,3% para 48%.O motivo para o crescimento das taxas de juros, de acordo com Lopes, foi o aumento do spread bancário, a diferença entre o custo de captação e a concessão do empréstimo. O spread subiu de 34,7 para 36,6 pontos percentuais para pessoas físicas, na comparação mensal, e passou de 13,9% para 14,5 pontos percentuais nas operações com empresas. (ABR)


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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