Até mil cidades brasileiras poderão
não saber quem será o novo prefeito
no próprio dia das eleições,
em 5 de outubro, segundo o Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). O secretário de Tecnologia da Informação
do tribunal, Giuseppe Janino, disse que em até
20% dos 5.563 municípios do País deverão
ter dificuldades na apuração.
"Nossa
preocupação maior não é
com a celeridade, mas que (as eleições)
sejam mais seguras e transparentes possíveis.
A celeridade é um componente importante do
processo de segurança, mas não é
o objetivo principal", afirmou o secretário.
"Certamente nós vamos ter alguma dificuldade
em 20% ou 15% desses municípios, o que vai
impedir que se feche 100% no mesmo dia da eleição,
mas mesmo assim há possibilidade de se ter
os resultados", completou o secretário.
Nordeste
- Janino disse que as regiões Norte e Nordeste
e os Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
deverão ser os mais afetados com relação
à agilidade na apuração exatamente
por conta da falta de infra-estrutura. "Tem
pontos que sequer tem energia elétrica. Temos
mapeados cerca de mil pontos, onde teremos que usar
a comunicação via satélite
(para obter os dados das urnas). São locais
de difícil acesso, principalmente no Norte",
afirmou ele, lembrando que há aproximadamente
400 mil pontos de votação no País.
"Se a transmissão falhar, o tempo de
contingência será maior".
Segundo
o TSE, cada uma das 400 mil seções
eleitorais enviará um arquivo digital com
o resultado da votação para os cartórios
eleitorais, que transmitirão os dados dos
boletins de urna para os TREs. Depois, os arquivos
serão levados até um ponto de transmissão
da rede onde serão totalizados.
O
secretário conta que nas eleições
de 2006, houve casos onde a apuração
demorou mais de 24 horas "porque o disquete
teve que vir de barco".
O
secretário citou ainda São Paulo como
um ponto positivo na apuração e que
todas as cidades do Estado deverão ter 100%
da apuração concluída ainda
no dia 5 de outubro.
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