Ambos
citando o presidente Lula, o governador Jaques Wagner
(PT) e o ministro da Integração Nacional,
Geddel Vieira Lima (PMDB), estiveram presentes em
comícios ontem no município de Ipirá,
a 218 km de Salvador. Com um detalhe: cada um subiu
no palanque de um candidato diferente, mas não
se atacaram.
Wagner
declarou seu voto ao atual prefeito e candidato
à reeleição, Diomário
Sá (PR). "O governador pediu aos cidadãos
que em nome dele e do presidente Lula votassem em
mim", relatou Diomário, sobre o comício
que ocorreu no início da tarde.
Segundo
o prefeito, Wagner discursou sobre a necessidade
de melhorar o saneamento básico da cidade
através de obras do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC). "Ele não fez críticas
aos adversários, somente salientou que é
um governador plural", contou Diomário.
Após
o primeiro evento, os apoiadores de Luiz Carlos
Martins (PMDB), que já comandou o Executivo
municipal, formaram um novo comício, desta
vez com a presença de Geddel. "Ele elogiou
muito o presidente Lula. Além disso, o ministro
comparou as realizações do atual prefeito
e as minhas e pediu voto para mim, mas não
entrou em briga com adversários", contou
Luiz .
O
candidato peemedebista disse ainda que, no discurso,
"o ministro ressaltou seus laços com
Ipirá, porque seu pai (Afrísio Vieira
Lima) já foi deputado federal com votação
expressiva de nosso município".
Estranheza
- O cenário no município localizado
no Agreste baiano, próximo a Feira de Santana,
remete a um possível cenário de 2010,
caso Geddel resolva se candidatar ao governo do
Estado, competindo com Wagner.
O
candidato Luiz Carlos considerou que a presença
do governador em um palanque diferente do ministro
causou "estranheza". "O candidato
dele não é do PT, é do PR,
que faz oposição ao governo",
declarou. Na verdade, o PR saiu da base do gestor
petista para a ala independente da Assembléia
Legislativa, após uma negociação
pela Secretaria da Agricultura que não se
concluiu, mas exerce oposição a Lula.
O
atual prefeito encarou o fato com naturalidade.
"O ministro Geddel tem a sua opção,
pelo candidato do partido dele, mas o governador
deu seu voto a mim", disse Diomário,
lembrando que "Wagner é amigo de Lula
há muito tempo, enquanto Geddel já
foi da oposição ao presidente",
disse. Procurado em seu celular, o ministro não
foi encontrado para comentar as declarações.
|