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                             Brasília 
                              - A Comissão de Constituição 
                              e Justiça (CCJ) do Senado aprovou hoje (10) 
                              o proposta de emenda à Constituição 
                              (PEC), que aumenta em seis mil o número de 
                              vereadores no país. A proposta fixa critérios 
                              para vereadores de acordo com a população 
                              do município e estabelece novos limites de 
                              gastos com as câmaras municipais e aumenta 
                              de 51 mil para 57 mil o número de vereadores, 
                              em todo o país. 
                               
                              A proposta altera determinação do 
                              Supremo Tribunal Federal (STF) confirmada pelo Tribunal 
                              Superior Eleitoral (TSE), que fez com que 2,4 mil 
                              municípios tivessem sua câmaras municipais 
                              reduzidas, já que a determinação 
                              da Justiça criou 36 faixas de limite de vereadores 
                              e fez com que municípios com até 47 
                              mil habitantes ficassem com o número mínimo 
                              de vereadores: nove. Isso fez com que o número 
                              de vereadores passasse de 58 mil para 51 mil. 
                               
                              Agora, foram estabelecidas 24 faixas de limites 
                              de vereadores para os municípios. Aqueles 
                              com até 15 mil habitantes terão o 
                              mínimo de nove e os com mais de oito milhões 
                              de habitantes terão o máximo de 55 
                              vereadores. O total de vereadores passará 
                              a ser 57 mil. "Não é o que era 
                              antes, mas padronizou mais", disse o relator 
                              da proposta, senador César Borges (PR-BA). 
                               
                              A proposta também reduz o limite de gastos 
                              com as Câmaras Municipais. A PEC estabelece 
                              que poderão ser gastos com a Câmara 
                              Municipal o mínimo de 2% e o máximo 
                              de 4,5 % do orçamento do município. 
                              Atualmente, os gastos variam de 4,5% a 8 % do orçamento 
                              municipal. 
                               
                              Pela proposta aprovada, as faixas de gastos com 
                              as câmaras municipais foram divididas em cinco, 
                              de acordo com a arrecadação dos municípios. 
                              Os municípios com arrecadação 
                              de até R$ 30 milhões por ano podem 
                              gastar com os Legislativos municipais até 
                              4,5 da receita; arrecadação de R$ 
                              30 a R$ 70 milhões, gastos de até 
                              3,75%; de R$ 70 a R$ 120 milhões, gastos 
                              de até 3,5 %; de R$ 120 a R$ 200 milhões, 
                              gastos de 2,75 %; e, acima de R$ 200 milhões, 
                              os gastos podem ser de até 2 % do orçamento. 
                               
                              A matéria agora será votada em dois 
                              turnos no plenário do Senado.  
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