PM reconhece excesso de policiais.
Quarta, 4 de Março de 2009, 07h14
por A Tarde
 

O capitão da Polícia Militar Marcelo Pitta reconhece que houve excesso dos policiais envolvidos no episódio de agressão no Estádio Municipal de Madre de Deus neste domingo, 1º. "Em determinado momento, já não se fazia necessário o uso da força. Neste momento (citando o momento em que um torcedor caído no chão é espancado por policiais) já não caberia. Houve excesso", disse   o   capitão    em    entrevista    a   uma

emissora de televisão nesta terça-feira, 3.

Marcelo Pitta, que é responsável pela comunicação da PM, disse que os fatos serão investigados para verificar se houve necessidade do uso da força no início da ação ou se foi uma atitude ilegal. De acordo com ele, os policiais envolvidos no episódio foram identificados, inclusive o homem que aparece sem farda e com uma arma na mão. "Ele é um policial militar e trabalha na mesma coorporação do tenente Anderson Oliveira (policial que iniciou as agressões)", disse o capitão sem querer revelar o nome do agente a paisana.

O policial foi identificado como tenente Anderson de Oliveira, que exercia a função de comandante da patrulha dentro do estádio. Nesta segunda-feira, o comandante da 10ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) de Candeias, Moisés Brito - responsável por designar o efetivo policial que trabalha nos jogos da praça esportiva - afirmou que seriam aplicadas sanções em caso de comprovação de excessos. O Departamento de Comunicação Social do Comando da Polícia Militar informou, em nota divulgada no final da tarde desta segunda, que os policiais seriam ouvidos pela Corregedoria Geral. No total, sete PMs participaram da agressão. Todos foram afastados até a conclusão do inquérito, que deve durar entre 30 e 45 dias.

Pitta disse ainda que o policial tem que ter capacitação para saber gerenciar conflitos e que o uso da arma deve ser feito como último recurso.

 
 

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