um
pedaço de mim e nunca uma saudade doeu tanto.
um pedaço de mim e nunca uma saudade doeu
tanto.
Fui Maria, a princesa, o brinquedo e uma das três
noivas do cowboy. Também fui deixada em uma
ladeira do Bonfim e não devolvi seu Neruda,
que você não me emprestou. Cantei Olé
Olá e esperei o samba para não chorar.
Queimei meus navios e já não sabia
mais nadar, quando tuas mãos ainda estavam
em meu seio e era hora de partir. Como se “Eu
Te Amo” tem uma das mais lindas letras da
Música Popular Brasileira? Para mim a mais
bonita sim. Mas nada que Chico escreveu chega longe
da beleza. Nada! Nem mesmo o sonho medonho, pois
se encerra ternamente com um apelo para o aconchego.
E fico por aqui, lembrando quantas vezes falei que
o meu amor tem um jeito manso que é só
seu, que me deixa louca, quando me beija a boca.
Lembro ainda nas outras tantas que pedi para que
o menino viesse sem fantasia, pois da noite para
o dia ele não cresceria. Nem eu, eternamente
a menina de onze anos como no dia em que vi aqueles
olhos tímidos no saguão do aeroporto
aqui em Natal.
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