Para
evitar que menores se envolvam em crimes, mais
uma cidade da região de Araçatuba,
no interior paulista, adotou o toque de recolher.
Em Ilha Solteira, crianças e adolescentes
vão ter hora para voltar pra casa durante
a noite. O Conselho Tutelar vai ser o responsável
pela fiscalização e recolhimento
dos menores que desrespeitarem a medida. As
medidas começaram a valer a partir do
dia 20. Só no ano passado, foram registradas
250 queixas envolvendo crianças e adolescentes
na cidade. Ir para cama mais cedo vai ser uma
das alternativas para os menores de 18 anos.
O toque de recolher vai funcionar da seguinte
forma: crianças e adolescentes de 0 a
13 anos, vão poder ficar na rua sozinhos
até às 20h30m; adolescentes de
14 e 15 anos, só até às
22h. A tolerância se estende por uma hora
para quem tem entre 16 e 17 anos. O juiz autor
da medida, Fernando Antônio de Lima, ainda
fechou o cerco também para as crianças
e adolescentes que perdem horas nas lan houses.
A medida, segundo a sentença do juiz,
tem o objetivo de evitar que menores se envolvam
na criminalidade. Embora Ilha Solteira tenha
apenas 25.476 habitantes e Itapura, 3.923, a
região fica próxima à fronteira
com Mato Grosso do Sul e é rota de tráfico
de drogas. Outra meta é melhorar o desempenho
dos alunos nos estudos, evitar faltas e evasão
escolar.
Em Ipirá, é do conhecimento de
todos o alto índice de menores envolvidos
na vida do crime. As estatísticas mostram
que a grande maioria de arrombamentos e principalmente
o furto de celulares nas ruas é praticado
por menores, que são usados pelo tráfico
de drogas. Muitos dos pais destes menores afirmam
que já perderam a condição
de controlá-los e os deixaram de mão
e pedem socorro ao conselho tutelar e até
a polícia. Recentemente, um pai desesperado,
vendo seu filho envolvido com o furto de celulares
para trocar por “craque”, chamou
a polícia militar e entregou seu filho
com dois celulares roubados. O menor foi conduzido
para delegacia de polícia, ouvido e depois
liberado, pois não pode ficar preso,
pois Ipirá não tem local para
apreender menor, e na saída da delegacia,
na frente de todos os policias, o menor gritou
que iria buscar um revolver na mão de
seu traficante, que não revelou o nome
e iria dar um tiro na cabeça do pai que
teria lhe dedurado.
Nas festas, nas ruas e nos bares de Ipirá
é costumeiro se ver menores bebendo e
até fazendo uso de drogas. Não
existe limite. Eles fazem o que bem querem e
como querem, pois a impunidade e latente.
Será que “o toque de recolher em
Ipirá” melhoraria a situação
do ingresso do menor na vida do crime? A situação
da evasão escolar e do baixo índice
de aproveitamento escolar será que também
melhoraria? Gostaríamos de saber sua
opinião. É importante sua manifestação
para encaminharmos para as autoridades competentes.
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