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Celular
em Ipirá: Moeda forte no cambio das drogas. |
Manoel
Hito
| 28-02-09 |
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No
final da tarde de ontem, dia 26, estive
fazendo uma visita ao amigo e empresário
Martone, proprietário da loja Celetro,
autorizada da operadora em telefonia celular
Tim em Ipirá, onde fiquei por cerca
de uns dez minutos e durante este período,
observei que dos onze clientes que ali entraram,
oito foram para cancelar e recuperar seu
número de telefone, pois todos os
oitos foram vítimas de furtos ou
robos de seus aparelhos celulares. Destes,
apenas um cliente tinha conseguido recuperar
seu aparelho, os outros sete, além
de reaverem seu número, também
se viram obrigados e comprarem outro aparelho.
Esta é uma realidade fatídica
que vive a comunidade de Ipirá. No
último sábado, em plena Praça
Roberto Cintra, coração da
cidade, entre 18 e 23
horas, sete pessoas
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foram vítimas de furto de celulares.
A ousadia dos ladrões é tão
grande, que eles já não atacam
mais com nenhum disfarce. A comunidade já
os conhece até por nome. Lucio, Ramon,
Marcelinho, Lucianinho, Largaticha, Décio,
Fiote, Galego, Nelito, Nana, Sunga, e mais
uma dezena deles, todos viciados na famigerada
“pedra” e para alimentar seus
vícios, eles vem agindo a qualquer
hora do dia na busca incessante de suas
vítimas para lhes tomar seus celulares
que hoje esta cotado no mercado da droga
como a moeda mais forte, pois os traficantes
preferem este tipo de negócio, pois
lhe é vantajoso duplamente. O lucro
que eles já têm em vender a
“pedra” por R$ 10 reais à
unidade e o lucro que leva ao receber o
celular pois o aparelho é cotado
no valor máximo de R$ 20 reais, independente
da marca e modelo e eles os repassa para
o comercio ilegal por 50% do valor real
do aparelho.
A impunidade e a omissão da comunidade
têm contribuído para o crescimento
deste tipo de crime em Ipirá. O poder
público não tem dado o suporte
necessário para as polícias
fazerem o combate ostensivo, a justiça
não tem funcionários suficientes
para atender a demanda de procedimentos
que se acumulam e os mandados de prisões
e busca e apreensão não são
analisados em tempo hábil e os meliantes
são beneficiados, pois se não
são presos em flagrantes, se livram
da prisão, porque por outro lado,
a comunidade se acovarda em se ajudar, pois
sabendo que os elementos continuam soltos
e agindo livremente nas ruas, muitas vítimas
sequer registram queixas. De cada dez celulares
roubados ou furtados, apenas quatro são
registrado a queixa e de cada dez registro
apenas um aparelho é recuperado.
É um índice assustador, mais
alguma coisa tem que ser feita com urgência.
O que fazer, como fazer, quem deve começar
a fazer, são perguntas que não
se calam, mais o certo é que algo
tem que ser feito para defender a comunidade
que paga seus impostos e tem o direito de
ir e vir com segurança e tranqüilidade.
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