UNEF
PROMOVE VISITA AO MOSTEIRO DE SÃO
BENTO E AO PALÁCIO DAS ARTES.
Alunos conhecem obras de Auguste Rodin
Por
Orlando Santiago Mascarenhas
E-mail: eventos@expovideo.com.br
10/05/2010
No dia 08 de maio, alunos dos cursos de Comunicação
Social – Jornalismo e Publicidade Propaganda da
UNEF - Unidade de Ensino Superior de Feira de
Santana, acompanhados pelas professoras, visitaram
o Mosteiro de São Bento e o Palácio das Artes
em Salvador (BA).
O ponto de encontro do passeio foi a sede da UNEF
no Bairro Capuchinhos. A saída foi as sete horas
e cerca de 40 alunos participaram do programa.
A viagem foi uma oportunidade de conhecer o Mosteiro
de São Bento com seu rico arquivo de publicações
e documentos históricos e também o Palácio das
Artes, atualmente expondo as obras de Auguste
Rodin. “Um momento de ficar mais sensível e atento
às obras de arte, viajar no tempo ao encontro
do passado. Uma oportunidade de promover, estimular
e apoiar a arte e as ações culturais”, disse as
professoras.
A primeira visita foi ao Mosteiro
de São Bento: erguido em 1581, o
imponente mosteiro se localiza no largo que leva
seu nome. As missas diárias com canto gregoriano
são a grande sensação do Mosteiro. O templo conta
com um museu de arte sacra onde estão expostas
esculturas, pinturas e uma biblioteca com 300
mil volumes entre livros e documentos.
Segundo informações do mosteiro, diversas obras
que fazem parte do precioso acervo da Biblioteca
do Centro de Documentação e Pesquisa do Livro
Raro do Mosteiro. Datadas dos séculos XVI a XIX,
todas foram restauradas, digitalizadas e disponibilizadas
na íntegra e de forma gratuita na internet, numa
iniciativa que teve total apoio do governo do
estado.
Através do site da instituição (www.saobento.org/livrosraros)
todos poderão ter acesso ao conteúdo de obras
especiais e de interesse mundial. A construção
do site foi o desdobramento de um projeto elaborado
pelo Mosteiro de São Bento da Bahia que englobou
não só o restauro de obras, como a melhoria das
condições de conservação dos 300 mil volumes da
biblioteca e do Centro de Documentação e Pesquisa
do Livro Raro do Mosteiro, agora corretamente
acondicionados em 172 novas estantes.
A segunda visita
foi ao Palácio das Artes: a visita não
durou mais do que uma hora, o acesso é gratuito
e não é permitido o uso de máquinas fotográficas
no interior do museu onde estão as obras de Rodin.
Um guia turístico orienta os visitantes ao tempo
em que faz uma explanação sobre Rodin e suas obras.
O Palácio das Artes, também chamado de Palacete
das Artes Rodin Bahia, está localizado no bairro
da Graça. O primeiro e o segundo piso do museu
são dedicados às coleções do escultor francês
Auguste Rodin.
O responsável pela idealização do museu é o artista
plástico baiano Emanoel Araújo, coordenador das
exposições Rodin e ex-diretor da Pinacoteca de
São Paulo, numa parceria com o diretor do Museu
Rodin Paris Jacques Vilain. O museu fortaleceu
os laços artísticos e culturais entre a França
e a Bahia e tornou-se um dos três grandes vetores
das artes plásticas na Bahia, ao lado do MAB e
do MAM-BA.
As obras de Rodin ficarão na Bahia até 2012, são
62 peças originais (1840-1917), que estão à disposição
do público. São peças em gesso, de grande, médio
e pequeno portes, todas elas representando o mais
elevado grau já alcançado pelo gênio humano em
termos de criação, sofisticação e ideais estéticos.
São obras que deram origem às famosas peças que
foram criadas para fazer parte do Portão do Inferno,
peça encomendada ao artista com a determinação
de usar temas tirados da Divina Comédia, de Dante.
São obras mundialmente conhecidas, eternizados
no gesso original em que o mestre Auguste Rodin
pôs as mãos. Entre elas, peças como O Pensador
e O Beijo – as mais conhecidas. Em especial, essas
duas obras, são tidas como colossos monumentais,
impactantes, inesquecíveis, traduzidas em grandes
efeitos de luz e sombras quando vistas ao vivo.
De grande porte, são seis peças. Além das duas
já citadas (O Pensadore O Beijo), ainda há O Homem
que Anda, A Defesa, A Meditação e Eva.
Para Rodin, somente o gesso era capaz de moldar
sobre o que já fora criado, o metal, ou o mármore,
impediam as torções e contornos necessários a
sua representação artística. Vale mencionar a
réplica do seu ateliê com gesso espalhado pelo
chão e obras inacabadas, conceito este que Rodin
também contribuiu para renovar. Em muitas das
suas obras faltam braços, pernas, partes do corpo
que são completadas pela imaginação e pelo sentimento
do observador.
As obras de Rodin pertencem ao governo Francês.
Para alguns o seu valor e inestimável, para outros
o seu valor está avaliada em torno de R$ 26 milhões.
O sucesso de público foi fator decisivo para a
que o Governo Francês e o Museu Rodin Paris concordassem
com o projeto do Museu na Bahia. Nas últimas vezes
em que as obras de Rodin estiveram no Brasil foram
sucesso absoluto de público. Em 1995, uma exposição
de 58 peças suas no Museu Nacional de Belas-Artes,
no Rio de Janeiro RJ, e logo na Pinacoteca do
Estado, em São Paulo SP, atraiu cerca de meio
milhão de pessoas, público nunca antes reunido
em evento de artes plásticas no Brasil. Em 2001,
na Bahia, cerca de 52 mil pessoas disputaram a
chance de conferir de perto outra mostra do autor.
Parabéns a UNEF e a equipe de professores envolvidos
no projeto. Viagens deste tipo certamente se tornarão
inesquecíveis e enriquecerão os estudantes, ampliando
o conhecimento, valorizando raízes, cultura e
arte. Contribuindo para que os futuros Jornalistas
e Publicitários, sempre que possível, procurem
promover, estimular e apoiar a arte e a todas
as ações culturais, nos termos mais amplos, tenham
relação com a cultura e o desenvolvimento.
Auguste René Rodin
Nascido em Paris, em 1840, Auguste Rodin é considerado
o pai da escultura moderna e um dos maiores expoentes
da arte mundial. Aos 18, após ser reprovado três
vezes no exame de admissão à Escola de Belas-Artes,
passou a trabalhar como moldador, confeccionando
objetos ornamentais.
Rodin procurou novos efeitos para a escultura,
oferecendo uma imagem de "insegurança",
que se traduzia em novos efeitos de luz e sombras.
Rodin tornou visível a manifestação da alma humana
por meio de gestos e expressões enérgicos e penetrantes,
abrindo caminho para novos estilos e utilizando,
ao mesmo tempo, elementos originários do expressionismo.
Seu primeiro trabalho enviado ao Salon de Paris,
Rapariga de Nariz Partido (1864), não teve seu
valor reconhecido. As esculturas de Rodin iriam
continuar causando, por algum tempo, a rejeição
da opinião pública, como ocorreu com a obra Estátua
de Balzac (1891). Outra das melhores obras de
Rodin, Porta do Inferno, em que ele trabalhou
desde 1880, ficou inacabada; do estúdio apenas
sairia um fragmento do conjunto, a célebre escultura
O Pensador. Para O Beijo (1886), supõe-se que
tomou como modelo a escultora Camille Claudel,
sua aluna, assistente e amante. Depois de participar
na Exposição Universal de Paris, em 1900, Rodin
começou a desfrutar de um crescente reconhecimento
público.
Admirado pela elite européia e considerado uma
glória da França, Rodin morreu em Meudon em 17
de novembro de 1917.
Fotos:
Exposição de Auguste Rodin
Obras de Auguste Rodin no Palacete das Artes
Foto
: João Alvarez/ Agência A TARDE / Texto da Foto
– Agência A TARDE
O
pensador, do artista francês Auguste Rodin (1840-1917)
Foto
: João Alvarez/ Agência A TARDE / Texto da Foto
– Agência A TARDE
Acervo
de 62 esculturas originais do artista no Palacete
das Artes
Foto
: João Alvarez/ Agência A TARDE / Texto da Foto
– Agência A TARDE
Esta
é a primeira vez que peças originais de Rodin
saem do Museu Rodin Paris
Foto
: João Alvarez/ Agência A TARDE / Texto da Foto
– Agência A TARDE
Na
foto, a escultura Eva
Foto
: João Alvarez/ Agência A TARDE / Texto da Foto
– Agência A TARDE
Exposição
terá duração de três anos no Palacete das Artes
Foto
: João Alvarez/ Agência A TARDE / Texto da Foto
– Agência A TARDE
Obras
foram cedidas ao Governo da Bahia em forma de
comodato
Na
foto, a obra "O Beijo"
Foto:
Divulgação / Texto da Foto – Agência A TARDE
Obras
podem ser vista de terça a domingo, das 10 às
18 horas
Foto:
Divulgação / Texto da Foto – Agência A TARDE
Peças
são vigiadas por mais de 70 câmeras espalhadas
no Palacete
Foto:
Divulgação / Texto da Foto – Agência A TARDE
Porta
do Inferno, parte esquerda do frontão
Foto:
Divulgação / Texto da Foto – Agência A TARDE
Na
foto, a obra "A Meditação"
Foto:
Divulgação / Texto da Foto – Agência A TARDE
"O
velho Suplicante" e o "Despertar"
Foto:
Divulgação / Texto da Foto – Agência A TARDE
Na
foto, a peça "O Sono"
“IPIRÁ
NEGÓCIOS dá Existência Pública aos Eventos e as
Notícias Acontecem”