As dificuldades e necessidades de centenas de
produtores rurais de Ipirá (BA) foram discutidas
durante o I Seminário de Compras Institucionais
da Agricultura Familiar.
Com objetivo de discutir em especial os problemas
relacionados a compras institucionais, representantes
do Governo Estadual e Municipal juntamente com
representantes da COODAP – Cooperativa de Ipirá,
reuniram setores e representantes relacionados
ao campo, em especial ao pequeno agricultor.
Diversas associações rurais participaram do evento.
O encontro aconteceu no Mercado de Artes e Artesanato
de Ipirá, na quinta-feira (13).
A programação contou com a presença do Prefeito
do Município, Diomário Gomes de Sá; Elton Alves
Sampaio, Secretário da Agricultura Municipal -
Ipirá; Ruy Costa, ex-secretário de Relações Institucionais
do Estado; Ailton Florêncio dos Santos, Superintendente
da SUAF; Lourival Gusmão, Delegado do MDA, na
Bahia; Rose Pondé, Superintendente - Conab Bahia
e Sergipe; Júlio
César Leal Santos,
Gerente
da Regional – EBDA - Ipirá; Arnor Pereira de Santana,
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Ipirá;
Jaime Oliveira, presidente – COODAP - Ipirá; além
de diversos outros representantes de instituições.
No encontro, foram discutidas questões relacionadas
a produção agropecuária, transportes, comercialização,
armazenamento e assistência técnica, crédito rural,
meio ambiente, ensino de técnicas agrícolas, inserção
social dos produtores. Entre os problemas apresentados
estão as condições inadequadas para distribuição
da produção e a carência de recursos para qualificar
o trabalho dos agricultores.
Segundo dados apresentados pelo superintendente
de Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio,
na Bahia, 70% dos alimentos produzidos vêm da
agricultura familiar. “O Governo do Estado prioriza
a agricultura familiar e a economia solidária,
tendo-os como um dos principais eixos para o desenvolvimento
do estado”, destacou Florêncio.
Para o prefeito Diomário, a agricultura familiar
impulsiona a economia solidária e se adapta melhor
a uma perspectiva de geração de empregos, renda
e qualidade de vida. "Devemos apoiar o trabalho
dos agricultores familiares, incentivando a produção
e comercialização de seus produtos. A agricultura
familiar produz em pequena escala, possuem menos
dependência de insumos agrícolas e dialogam melhor
com os aspectos do ambiente, é uma boa estratégia
no sentido da inclusão social e principalmente,
de uma resposta a valorização do espaço rural",
afirmou.
Para Elton Alves, Secretário da Agricultura Municipal,
a tecnologia para a agricultura familiar deve
ser simples, popular e basear-se nos seus próprios
sistemas de produção, dando ênfase aos recursos
locais e nativos. "O desenvolvimento da agricultura
familiar deve começar com o conhecimento das necessidades
dos produtores e da forma como eles as percebem",
Comentou.
O governo federal em parceria com governo estadual
desenvolveu o ‘programa da agricultura familiar
e economia solidária’, que impulsiona a comercialização
dentro das perspectivas da economia solidária.
Na Bahia, a SUAF – Superintendência da Agricultura
Familiar e o CESOL - Centro Público de Economia
Solidária, apóiam o trabalho dos agricultores
familiares, incentivando a comercialização de
seus produtos.
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