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Ipirá
ganhou o cenário noticioso em rede nacional, mais
não pelos festejos juninos que a prefeitura organizou,
mais ironicamente, pela falcatrua que um grupo
de pessoas fez contra o erário municipal, ao venderem
a famosa banda de forró Canários do Reino da cidade
de Fortaleza, e mandarem para o palco uma falsa
banda que foi desmascarada quando ainda se apresentava
no palco principal da Praça José Leão dos Santos,
e a verdadeira banda, que se apresentou em Pé
de Serra, subiu no palco acompanhada por policiais
militares e prenderam todos os integrantes da
falsa banda e ainda empresários e produtores.
Os componentes da verdadeira Canários do Reino,
chegaram a Ipirá por volta das 3 horas da madrugada
do dia 26, revoltados com o constrangimento que
tinham acabado de passar em sua apresentação na
cidade de Pé de Serra, quando uma fã procurou
os cantores da banda para uma foto e retrucou
dizendo que ela tinha assistido ao show da banda
na noite anterior na cidade de Macajuba e os componentes
eram outros e que Canários do Reino também estaria
sendo anunciada para se apresentar em Ipirá naquela
mesma noite, e esta informação não constava na
agenda da coordenação da banda de Fortaleza. Diante
destas informações, os componentes da banda depois
da apresentação em Pé de Serra decidiram seguirem
para Ipirá, para constatarem quem estava se apresentando
como Canários do Reino e para a surpresa de todos,
ao chegarem à Praça José Leão do Santos, no palco
1, uma banda se apresentava se fazendo passar
como Canários do Reino.
O coordenador da verdadeira banda chamou a polícia
militar e subiram no palco e fez os músicos pararem
o show, mais como já era a última música que eles
apresentariam, o público presente nem percebeu
o que estava acontecendo no palco e todos foram
levados para delegacia de polícia onde as coisas
começaram a serem esclarecidas e nossa reportagem
ouviu o delegado Dr. Caryl Oliveira que levou
todo dia tomando o depoimento dos envolvidos e
decidiu por lavrar o flagrante dos empresários
que venderam a banda para a prefeitura e ficaram
presos Claudio Emerson de Souza, produtor da banda,
Francisco Alves de Oliveira Neto, da Chiquinho
Produções de Ipirá, Jardel Dias Dourado, que vendeu
a Nota Fiscal para legalizar a banda junto à prefeitura
e foi solicitado a prisão preventiva de Delmiro
Alves Lima Neto, proprietário da Caracas Produções
de Vitória da Conquista e de José Claudio Andrade,
mais conhecido no mundo artístico como Junior
Andrade, pai de Claudio Iverson e segundo o delegado,
há a possibilidade de envolvimento de outras pessoas
de Ipirá que poderão ser identificados e suas
prisões requeridas no transcurso das investigações.
“
Lavrei o flagrante daqueles que ficaram presos
e representei pela prisão preventiva dos demais
envolvidos por formação de quadrilha, falsidade
ideológica, estelionato, violação de direito autoral
e concursão. Na realidade o que aconteceu, foi
que Delmiro Alves Lima Neto, através de sua suposta
empresa Caraça Produções, contratou a verdadeira
banda Canários do Reino para fazer 15 apresentações
no estado da Bahia no período de 18 a 30 de junho,
mais vendeu para algumas prefeituras mais de trinta
shows. Para atender a demanda, ele contratou a
banda Forro Chicote do estado da Paraíba e canalizou
os produtores José Claudio Andrade, conhecido
no meio artístico como Junior Andrade e seu filho
Claudio Iverson para produzirem a banda e se apresentarem
como Canários do Reino e ainda clonaram o CD da
banda original e mandaram para se apresentarem
em Itaberaba, Macajuba e Ipirá e tinham mais outras
dez cidades para se apresentarem. Em Ipirá, Delmiro
foi representado pela Chiquinho Produções, que
vendeu a Canários do Reino para a prefeitura juntamente
com Xinelo de Couro que é de propriedade da mesma
produtora pelo valor de R$ 27 mil reais e a nota
fiscal foi vendida por Jardel
Dias Dourado, de uma outra empresa de produção
de eventos.
Depois de ouvir todos os envolvidos, decidir liberar
todos os músicos da banda Forró Xicote, que receberiam
um cachê de R$ 200 reais cada, perfazendo um total
de R$ 3.800 reais e mais R$ 4.000 mil da banda
Xinela de Couro e todo o restante R$ 19.200 reais
seria divido entre a quadrilha. Felizmente conseguimos
apreender um cheque da prefeitura de Ipirá no
valor de R$ 12 mil reais que será devolvido à
tesouraria da prefeitura, mais as prefeituras
das outras cidades lesadas deverão tomar as providências
contra os envolvidos” afirmou Dr. Caryl Oliveira,
que informou ainda que durante as investigações
irá tentar detectar se existem outros envolvidos
neste golpe contra o erário municipal.
Há suspeita de uma outra banda estar sendo usada
pela Caracas Produções para se apresentar como
Canários do Reino, pois segundo a secretaria de
cultura daquele município, Delmiro teria vendido
a show da banda a prefeitura daquele município,
o que efetivamente aconteceu no dia 20, só que
os componentes da banda Forro Xicote e da verdadeira
Banda Canários do Reino afirmaram que não estiveram
em Vitória da Conquista.
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