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A
disputa entre os pastores da igreja Assembleia
de Deus pelo controle dos dividendos provenientes
dos dízimos, na Bahia, foi parar na Justiça.
No centro da querela, a arrecadação mensal
de R$ 800 mil, oriundos dos 400 templos
da instituição em Salvador. No enredo desta
história, cheques sustados e acordos descumpridos.
De acordo com Arilson Pereira dos Santos,
diretor da Convenção Estadual das Assembleias
de Deus na Bahia (Ceadeb), o embate começou
devido à suspensão do pagamento do Fundo
Convencional pela Igreja Assembleia de Deus
em Salvador (Adesal), que administra os
templos na capital baiana.
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O fundo é uma espécie de previdência dos pastores,
que concede quatro salários mínimos para os aposentados,
viúvas e afastados por motivo de saúde. Cada templo
é obrigado a repassar 5% da arrecadação mensal
para o fundo. A dívida acumulada de agosto de
2006 até então está em R$ 1,8 milhão, e segundo
Arilson, ao menos cinco vezes foram firmados acordos
para que fosse paga. Em todos os casos, o presidente
da Adesal, o pastor Israel Alves Ferreira, descumpriu
o acordado, e chegou a sustar cheques emitidos.
“Acreditamos que quando um cheque é sustado, é
porque foi roubado, ou porque o acordo está sendo
descumprido”, afirmou. O BN tem cópias dos acordos,
assinados por ambas as partes, bem como a cópia
dos cheques. (I,II,III, IV e V são exemplos de
acordos e de cheques que fazem parte de um longo
dossiê).
(Rafael Rodrigues).
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