Como território, o Brasil que temos, com todas as suas riquezas e belezas naturais, encanta, é um grande país. Como instituição não é o que queremos, muitos acham que é o que merecemos. É uma desonra que tantos brasileiros procurem outras nações, em busca de melhorias de vida, com um país tão rico e de um povo em sua maioria trabalhador e honesto, às vezes conformada demais.

No cenário atual, o descrédito é geral, o maior problema do Brasil, ontem e hoje, é a corrupção escancarada, desvio do que é do povo, isso causa um mal terrível, não só material, o maior problema é o mal exemplo. O cidadão comum pode ser levado a pensar, se os “doutores”, que estudaram, possuem boa posição, podem roubar e ficar impune, por que eu que não tive oportunidades, sou pobre, também não posso? Poucas vezes, após descoberto, o roubo proveniente da corrupção é devolvido aos cofres públicos. Ética e moralidade se tornaram ultrapassados. Jogaram fora a lição que ensinava que o bem seria recompensado e o mal punido. É uma vergonha, não é a toa que um palhaço receba tantos votos em uma eleição. Não estamos em um circo?

O Brasil que desejamos é um país mais justo, com menos injustiças e mais igualdade social. Com mais respeito aos direitos humanos, sem violência, onde crianças possam estudar e ter liberdade de crescer em ambiente saudável, onde todos independentes de cor, raça e família, tenham direito a moradia e educação de qualidade. Muitas vezes reclamamos, colocamos vários defeitos, fazemos diversas críticas, mas quando precisamos nos manifestar, participar, reclamar o que é nosso, não tomamos atitude, não reclamamos, cruzamos os braços e fingimos que não temos nada com isso, esperamos que os outros façam a nossa parte. Precisamos nos conscientizar que se cada um fizer a sua parte, cumprindo com seus deveres, participando e reclamando pelos seus direitos, teremos uma nação melhor, mais justa, uma nação realmente de todos.

É preciso ter sonhos e ideais. Ser herói, acreditar, lutar e não perder as esperanças, está no hino nacional "povo heróico". Entre outras medidas, para termos a nação que queremos, podemos e merecemos ter, precisamos de:

1- IMPRENSA TOTALMENTE LIVRE e comprometida com ideais que busquem valorizar a informação, ser um instrumento de esclarecimento e avanço da sociedade. Não existe democracia e país livre, sem uma imprensa livre e sem algemas. A liberdade de imprensa é essencial para o desenvolvimento, coluna principal da democracia e caminho seguro para uma sociedade madura, autônoma e informada sobre o que acontece. A liberdade de imprensa deve ser sagrada "imexível", uma honra a ser mantida, uma conquista e um bem a ser apoiada por toda a sociedade. Tentar algemar a imprensa é golpe. Sem imprensa livre quem denunciará?

2 - SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA e participativa, com um sistema social e de ações organizadas no sentido de garantir a segurança, a prosperidade, a coerência a ordem e aos anseios da maioria das pessoas que dele fazem parte; recorrer e usar um sistema de cartilhas para esclarecer os principais e complexos mecanismos essenciais ao avanço da sociedade como um todo.

3 - REFORMA EDUCACIONAL, desde a base, ampla e que inclua a todos os setores da sociedade de forma igualitária, uma educação onde a meta principal seja a qualidade e que dê dimensão rica da consciência de cidadania, proporcionando a todos, meios de escolher melhor os seus governantes e assim participar e criar caminhos que conduzam melhor ao engrandecimento da nação;

4 - REFORMA TRIBUTÁRIA ampla, temos a maior carga tributária do planeta, aqui, com exceção de alimentos, tudo é mais caro do que nos outros países;

5 - REFORMA POLICIAL E CARCERÁRIA completa. A segurança pessoal é uma variável importante a ser considerada nas discussões e estratégias de respeito aos direitos humanos. Tanto quanto a saúde e a educação, a segurança é um direito do cidadão e um dever do Estado democrático perante a sociedade, isso está no papel é lei, tem que ser cumprido. Todos precisam de segurança para preservar vidas, ter tranquilidade, poder estudar, trabalhar e produzir.

É plenamente viável e possível um sistema carcerário em que os presidiários trabalhem e pagem as suas despesas, ou parte delas. O sistema carcerário do país lembra campos de concentração nazistas, onde os judeus são os pobres, os que não podem pagar advogados. Eliminam e esquecem os seus filhos pobres, sujos e feios. Parcelas da sociedade, grandes setores da mídia e entidades ditas religiosas fazem de conta que não enxergam, se abraçam, lavam as mãos, dormem tranquilos e no dia seguinte vão rezar e esperar que Deus esteja com os olhos vendados e assim não enxergar os seus pecados. O sistema carcerário como está é um excelente cabide de empregos, em especial para advogados de porta de cadeias, a espera de bandidos que possam pagar os altos custos do exercícicio do “direito”.

Precisamos lembrar que somos um país cristão, que prega e está na Bíblia, que todos sem exceção são filhos de Deus e de acordo com as leis cristã e do país, mesmo presos, continuam com direitos a dignidade e a vida. Alguns setores da mídia e alguns governantes estão preocupados com um Tribunal iraniano, que condena uma mulher a pedradas e esquecem que no seu quintal, todos os dias, centenas de presos, filhos da nação, são eliminados, esquecidos e maltratados, centenas em que a maioria faltou dinheiro para pagar por advogados, oportunidades sociais e mesmo seus direitos de preso. Muitos abandonados pelo vício do crack e pela AIDS morrem todos os dias, em nossas ruas e em nossos presídios e estamos preocupados com uma mulher iraniana Mohammedi Ashitiani. Esqueceram quase completamente que o ideal do sistema penitenciário é que se busque acima de tudo a recuperação do detento, e não a destruição da sua dignidade e eliminação da vida;

6 - REFORMA POLÍTICA AMPLA, SERIA E DEMOCRÁTICA - "Nenhum homem nesta terra é republico, nem zela ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular". Assim julgou Frei Vicente do Salvador na terceira década do século XVII, ao observar o descaso com que os primeiros colonizadores usavam e abusavam de nossa terra. Mudou muito?

É preciso que o povo seja conscientizado, orientado constantemente, através dos meios de comunicação, de cartilhas, a diferenciar aqueles políticos espertalhões, malandros que visam ao interesse próprio, ao próprio bolso, em busca de fortuna e poder sempre maiores. Cuidado com os que usam a liberdade de credo religioso para penetrar no seu coração e usar como meio para conquistar riquezas e poder. Mais cuidado ainda com estes que na primeira oportunidade se vendem por uma boa colocação, um bom emprego. Fique de olhos bem aberto, do seu voto depende o futuro de todos, seu, dos seus filhos, dos seus netos, e o avanço da sociedade por caminhos concretos e dignos, um caminho baseado no trabalho e na seriedade e não nas negociatas e conchavos com o que pertence a coletividade, ao bem público, ao povo.

É urgente saber escolher líderes bem-intencionados. São poucos, mais existem os que estão comprometidos com as causas sócias, com o bem da coletividade, os que escutam a sociedade e buscam atender às suas necessidades. Que se fazem presentes, sempre, e não na época em que precisa do seu voto.

É inadiável, mudanças que acelerem o processo de reformas, visando tirar o país do estado de desintegração social, que se promova ampla reforma das instituições, costumes e práticas políticas, no sentido da supremacia absoluta do bem comum do povo sobre todo e qualquer interesse próprio de partido, grupo, setor ou corporação;

Correção das graves distorções do sistema de representação popular, notadamente a irresponsabilidade dos eleitos perante os seus eleitores, o abuso de poder econômico durante as campanhas eleitorais; reforma da organização dos Poderes Públicos, a fim de dar ao Estado brasileiro a necessária capacidade para projetar o futuro do país e planejar o desenvolvimento nacional.

DEBATE AMPLO SOBRE CIDADANIA, direitos e deveres, aliada a campanhas educativas, via rádio, televisão, jornais, e em especial nas escolas de todo o país, a que leve a conscientização que o CIDADÃO está em primeiro lugar, que todo PRESIDENTE, GOVERNADOR, PREFEITO, VEREADOR, JUIZ, DESEMBARGADOR, DELEGADO e todo FUNCIONÁRIO PÚBLICO é antes de tudo um funcionário do CIDADÃO, pago pelo seu suor em forma de impostos.

Nas questões que envolvem desacatos, entre funcionário público e cidadão, quase sempre ele, o cidadão, é o que é o desacatado e tem razão, por ser mal atendido e ter um serviço público precário, e não o contrário, como se tenta passar. Quando o serviço de cozinha servir cafezinhos para os funcionários de uma instituição pública é preciso ficar bem claro, que também os que esperam, os que estão sendo atendidos, também precisam ser servidos, usuários e funcionários estão ali para uma causa e tem que ficar patente que quem paga aos funcionários é o cidadão, isto tem que acontecer nos Tribunais de Justiça, nos correios etc.. Todo gasto público, cada centavo, gasto em todas as esferas do poder, devem estar claramente na internet para o cidadão saber como esta sendo gasto o dinheiro pago pelos seus impostos, se o estado sabe a vida de cada cidadão porque o cidadão não pode ter conhecimento dos gastos, pagos pelos seus impostos, desde a simples PREFEITURA AO CONGRESSO NACIONAL? Hoje, através da internet isso é possível de forma econômica e viável.

7 - RESPEITO A PROPRIEDADE INTELECTUAL E INDUSTRIAL - Cálculos aproximados dão conta de que a pirataria impede a criação de pelo menos 50 mil novos postos de trabalho ao ano no Brasil. Centenas de locadoras e lojas de CDs e DVDs são fechadas todos os dias. Milhares de empresários quebram e vão a falência. São micro empresários honestos, que pagam impostos, geram empregos e prestam serviço a sociedade. Produtos piratas vendidos abertamente, a vista do cidadão e da justiça, isso é anormal é um absurdo. Uma nação perdendo o senso do que é certo e o que é errado. São precedentes perigosos. É um problema de desrespeito as regras estabelecidas e também de aplicação das leis, que já existem e estão no papel.

O estado deve, obrigatoriamente, fazer cumprir as leis, mas nunca deve deixar de fazer o máximo para ser exemplo, fazendo a sua parte, cumprindo o que lhe compete e também agindo como observador e cumpridor das suas atribuições fundamentadas na constituição, sé não pode cumprir o que está na Carta Magna, então tem que modificá-la, através dos poderes adequados.

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