Gilson
Alves de Araújo, de 43 anos, foi preso ontem,
por volta das 16h, acusado de estupro, maus-tratos,
ameaças e lesão corporal contra a enteada de 9
anos, em Ipirá, a 204 quilômetros de Salvador.
Segundo a polícia, o crime acontecia em uma casa
simples, localizada na rua do Estádio, onde o
acusado mora a seis anos com Geruza Dionista de
Souza, mãe da menor.
Segundo o Conselho Tutelar, a mãe da criança trabalha
como doméstica, enquanto o companheiro cuidava
da filha do casal de 2 anos e da menor que era
abusada M.P. B, de 9 anos.
A denúncia chegou ao Conselho Tutelar e depois
foi encaminhada para a polícia. A menor relatou
que apanhava do padrasto e recebia ameaças. Segundo
as conselheiras Ivólia e Nildes, a menor relatou
que o padrasto, antes de cometer os abusos, amarrava
as mãos da menor e os pés na cama com corrente
e corda, vedava os olhos e amarrava a boca da
vítima com um pano para ela não gritar.
“Ele falava que se eu contasse alguma coisa me
mataria”, palavras da menor. A menina foi junto
com as conselheiras tutelares ao Instituto Médico
Legal de Feira de Santana para fazer exames. A
vítima está sob guarda do pai biológico, Lourival
de Souza Barreto, que ficou revoltado com o crime.
Foi encontrada a corda e a corrente na casa onde
os abusos aconteciam.
Um pano com marcas de sangue também foi apreendido
e encaminhado para a delegacia. “Fico impressionada
com essas coisas. O relato da menina é coerente”,
afirma uma das conselheiras.
O laudo deve ficar pronto dentro de 15 dias. O
padrasto, Gerson, está preso na delegacia onde,
até o fechamento desta matéria, estava sendo ouvido
pela polícia, mas não havia confessado o crime.
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