Agora,
tudo indica, deixou a esfera da boataria
e virou verdade: Dudy jogou a toalha.
Reunião à tarde e deflagração da notícia
à noite. Verdade ou falsidade? Estou indo
na crista da onda. Muitos pensam que não,
mas Dudy tem suas razões e não são poucas.
Era um pré-candidato jogado à própria
sorte e esforço, entregue ao compasso
do “se vira nos 30”. Nunca foi acompanhado
pelas lideranças do grupo da macacada
em suas visitas à zona rural e na hora
de meter a mão no bolso para tirar a jararaca
fazia-o sozinho. Estava metido num esparro.
Uma boa reflexão e a conclusão não podia
ser outra: “Quem vai nessa é coelho, não
eu!”
O problema não está em Dudy, está no grupo
da macacada, que convive com um desgaste
natural de 12 anos consecutivos na administração
do município e vem de uma serie de trapalhadas
nas ultimas eleições 2012, quando trocou
as mãos pelos pés e escapou da derrota
por milagre, aos 49 minutos do segundo
tempo. Aquele lengalenga: “É Antonio,
não é”, “É Ana, ela não quer”, “É 11,
é 22”. Criou uma situação emblemática
que resultou numa renúncia, que sem justificativa
clara, nunca foi bem explicada. Isso criou
um desgaste novo e entraves que repercutiram
e tem tido um forte desdobramento nos
dias atuais.
A macacada tem contra si o desgaste e
a pressuposição de que a opinião pública
caminha para um remanejamento do poder.
Isso é fatal. Nestas condições desfavoráveis
que se apresentam, qualquer nome que seja
do grupo macaco que se arvorar a ser um
pré-candidato do grupo estará pegando
um rabo de foguete para carregar um caixão
sem alça, principalmente, depois que Diomário
garantiu que não é mais candidato a nada
em Ipirá e deixou um vácuo, sem nenhuma
cortina de anteparo para o grupo. O macaco,
por si só, não tem um nome competitivo,
Dudy era o melhor nome do grupo, percebeu
a fragilidade organizacional da macacada
e o esparro em que estava metido; caiu
fora. Qualquer outro nome do grupo dos
macacos não terá a mesma força de Dudy.
É um fato.
É necessário que se diga, que o grupo
da macacada para vencer os pleitos anteriores
teve uma estratégia de aliança que o levou
à vitoria. O macaco não pode se separar
do PT local, seria o mesmo que entregar
a rapadura a Marcelo Brandão. E na conjuntura
atual, eu não acredito que essa aliança
tenha condições para chegar, talvez seja
necessário uma ampliação do leque e, para
tal, um grupo oligárquico como a macacada
não pode perder sua principal característica
e deixar que as decisões não passem por
Diomário, Antonio Colonnezi, Dinovaldo,
Jurandy Oliveira e o prefeito Ademildo.
O contrário seria um ato temerário e a
abdicação do poder municipal antes mesmo
de jogar o jogo, ou seja, estariam jogando
a toalha. Ipirá está calmo e tranqüilo;
o Brasil está pegando fogo. Por Agildo Barreto / http://www.agildobarreto.blogspot.com.br/2016/03/pre-dudy.html
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