Como é a sua relação com dinheiro? No
final do mês você vive apertado com o
cartão de crédito e só foca no vermelho?
Você sabe aplicar de forma inteligente
o seu dinheiro? A Revista Exame listou
10 comportamentos que indicam que a sua
relação com o dinheiro pode estar péssima.
Veja a seguir e atente às posturas que
podem te levar a gastos desnecessários.
O consultor financeiro Gustavo Cerbasi
dá dicas valiosas para se organizar Confira:
1)
Sua definição de investimento de longo
prazo consiste em deixar o dinheiro aplicado,
até o momento em que os rendimentos começam
a cair e você realiza o resgate
De que adianta se estressar com uma queda
pontual dos rendimentos de uma aplicação
financeira se o objetivo é investir durante
30 anos?Nesse caso, uma eventual oscilação
de preços do mercado não deveria ser o
foco da preocupação, mas, sim, se as aplicações
irão continuar a dar o retorno esperado
durante todo esse período.
2) Pensa
que, por ser jovem, não precisa ter plano
de saúde ou começar a poupar para a aposentadoria
Problemas de saúde podem ser mais raros
durante a juventude, mas fato é que ninguém
está imune a doenças e acidentes. Diante
dessa constatação, por que confiar na
sorte e correr o risco de ter prejuízos
com um tratamento ao invés de se prevenir
e adquirir um plano de saúde que ofereça
essa cobertura?Já se o assunto for poupar
para a aposentadoria, quanto mais cedo
o investimento for iniciado, maior será
o rendimento e menor a necessidade de
economizar uma fatia maior do salário
para obter a renda desejada durante o
período de inatividade.
3) Acha
que um pequeno valor de reserva financeira
é sempre suficiente para cobrir um período
de desemprego
Consultores financeiros costumam apontar
que o valor de uma reserva de emergência
deve ser equivalente a, pelo menos, três
meses de trabalho. O conselho, obviamente,
indica um valor mínimo. Mas, dependendo
da situação, o valor a ser poupado pode
ser bem maior. O tempo médio de recolocação
no mercado de trabalho em caso de desemprego
pode ser maior do que três meses, por
exemplo, no caso de profissionais que
atuam em mercados saturados ou que se
veem diante de uma crise econômica, que
aumenta o índice de desemprego em um determinado
setor. Nesses casos, é melhor se prevenir
e reforçar o valor poupado para situações
de emergência.
4) Está
satisfeito com o seu cartão de crédito,
que cobra juros de 15% ao mês e converte
1% do valor gasto em compras com pontos
do programa de fidelidade
Não caia na roubada de pensar que os benefícios
oferecidos pelo cartão de crédito compensam
o perigo de pagar juros altos em caso
de descontrole financeiro, principalmente
se você gasta mais do que precisa no cartão
para acumular mais pontos em programas
de fidelidade. Especialistas apontam que
o meio de pagamento deve ser utilizado
somente para situações de emergência ou,
ao menos, com parcimônia. Se utilizado
de forma controlada, e quando necessário,
o cartão de crédito pode, inclusive, ser
um bom instrumento de planejamento financeiro,
diz Fábio Gallo, professor de finanças
da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC-SP).Ao dividir o pagamento
de compras que não podem ser adiadas é
possível controlar gastos, contanto que
as parcelas caibam no orçamento.
5)Você
gasta mais com juros do que com viagens,
roupas e entretenimento
Quando a maior despesa que você tem é
com os juros pagos ao banco, provavelmente
você não está economizando dinheiro suficiente
para encarar gastos imprevistos.Ao invés
de desperdiçar dinheiro com taxas de juros
que podem atingir quase 15% ao mês no
cheque especial, e, rapidamente, dobrar
o valor de uma dívida, busque cortar gastos
supérfluos e iniciar uma reserva financeira
para sair do ciclo de endividamento.
6) Você não pensa que pode viver 90 anos
ou mais ao planejar a sua aposentadoria
Quem não se sente atraído pela ideia de
se aposentar aos 60 anos? Mas, diante
do aumento da expectativa de vida, essa
decisão exige planejamento e, principalmente,
muito dinheiro.Ao se aposentar cedo, talvez
você tenha de viver mais de um terço da
vida com a renda que obteve com aplicações
financeiras. Assim, se sua meta for obter
uma boa renda durante o período de inatividade,
é melhor repensar a idade na qual você
pretende se aposentar ou o valor que deverá
economizar para atingir esse objetivo.
7) Apega-se
a um preço ao vender um bem, sem pensar
que os compradores ignoram o que você
considera como valor justo
Você comprou um imóvel esperando obter
um determinado valor ao revendê-lo ou
alugá-lo, mas o país passa por uma crise
econômica, e os bancos dificultam financiamentos.
E agora? Apegar-se ao que você considera
como preço justo quando a demanda e os
preços estão em queda somente irá dificultar
a venda ou locação do imóvel.Esse comportamento
pode resultar em prejuízos, seja com o
pagamento de taxas de condomínio por mais
tempo, enquanto o imóvel estiver vago,
ou porque os preços de venda da casa ou
apartamento podem passar a cair de forma
mais intensa até que o preço seja revisto.
8) Passa
um bom tempo pesquisando qual celular
tem o melhor custo benefício, mas investe
o dobro do valor em uma aplicação recomendada
por alguém que você não confia
Os investimentos têm um papel importante
para que você consiga atingir objetivos
pessoais e, portanto, não exigem menos
cautela do que qualquer outra compra.
Pelo contrário.Por isso, evite seguir
recomendações sem considerar o tamanho
do seu orçamento, metas e tolerância ao
risco. Além disso, não caia na cilada
de calcular o potencial de uma aplicação
financeira baseado em seu histórico de
ganhos: esses bons resultados não serão
necessariamente repetidos daqui para a
frente. Prefira investir no que você entende,
no que é adequado ao seus objetivos e
oferece, de fato, um bom potencial de
ganho no futuro.
9)O cenário
econômico está mais incerto e o desemprego
está aumentando, mas esses motivos não
são suficientes para fazer com que você
desista da ideia de financiar um imóvel
sem ter reserva financeira suficiente
para eventuais imprevistos, como perda
de renda?
Um planejamento financeiro nunca deve
ser estático. É necessário adaptá-lo,
de tempos em tempos, a novas realidades
econômicas, ao seu orçamento e ao seu
estilo de vida. Caso contrário, você corre
um sério risco de perder dinheiro.
10) Acha
que alugar uma casa é jogar dinheiro fora
quando pode ser a opção mais indicada
Comprar um imóvel sem planejamento pode
fazer com que você enfrente dificuldades
para arcar com o custo dessa aquisição
e comprometa a flexibilidade do seu orçamento
familiar.Se no futuro houver a necessidade
de trocar de carreira ou mudar de trabalho,
as opções ficarão mais limitadas por conta
desse orçamento engessado, diz o consultor
financeiro Gustavo Cerbasi. “O objetivo
do investidor deve ser ter mais liberdade
para realizar escolhas no futuro".
Nesse caso, alugar um imóvel pode ser
uma opção mais adequada.
Redação iBahia / Foto: Ilustrativa
|