Presos
que participaram de rebelião na delegacia de Ipirá fazem
exame de corpo de delito em Feira de Santana
Presos
que participaram de rebelião na delegacia de
Ipirá fazem exame de corpo de delito em Feira
de Santana
Os
presos decidiram fazer a rebelião para reivindicar
melhores condições nas
celas e na delegacia.
15/03/2017
Dezessete detentos que participaram da
rebelião na delegacia do município de
Ipirá na segunda-feira (13), estiveram
na tarde de hoje no Departamento de Polícia
Técnica de Feira de Santana (DPT) para
realização de exame de corpo de delito.
Durante a rebelião, os presos destruíram
todas as celas da delegacia e incendiaram
colchões. Dez presos serão encaminhados
ao Presídio Regional de Feira de Santana
e sete retornarão para a delegacia de
Ipirá.
O
tenente José Lima da 98ª Companhia Independente
de Polícia Militar (98ª Cipm), em entrevista
ao Acorda Cidade informou que os presos
decidiram fazer a rebelião para reivindicar
melhores condições nas celas e na delegacia.
Segundo ele, um carcereiro foi feito refém,
mas após a rebelião foi liberado. Ele
não sofreu ameaças, nem foi ferido e passa
bem.
“Os
presos atearam fogo na delegacia, destruíram
toda a carceragem, quebraram as câmeras
de monitoramento e queimaram os colchões.
Com esforço, conseguimos negociar e a
rebelião chegou ao fim. O carcereiro que
ficou de refém foi liberado e está bem.
Eles vieram à Feira de Santana fazer exame
de corpo de delito e alguns serão encaminhados
ao presídio. Para essa operação tivemos
o apoio da Rondesp (Rondas Especiais),
Cipe Chapada (Companhia Independente de
Policiamento Especializado) e da Polícia
Civil”, declarou.
Um
dos detentos que participou da rebelião
contou que entre as reivindicações que
desencadearam o motim estão a falta de
roupa de cama na delegacia e produtos
de higiene como barbeador. Além disso,
a superlotação e alguns detentos estão
na carceragem há mais de dois anos sem
ter audiências judiciais. Segundo ele,
a rebelião aconteceu para chamar a atenção
das autoridades.
“Também
precisam entender o nosso lado. A gente
não queria fazer. A rebelião é para chamar
a atenção da nossa realidade. Todos os
presos participaram da rebelião. Somos
seres humanos e queremos uma condição
melhor”, afirmou.
Fonte:
Acorda Cidade / Por Rachel Pinto / Fotos
de Aldo Matos
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