Alguns
foliões se queixaram que durante a Micareta,
em algumas oportunidades, a polícia agiu
com bastante violência e crueldade. Um
jovem estudante universitário, que não
quis se identificar, se queixou com a
reportagem. "Estava tendo uma briga,
entre dois jovens, na qual um dos envolvidos,
também estudante e meu amigo, estava apanhando,
e eu me aproximei para apartar o conflito.
Um policial chegou já batendo em todo
mundo, estou com o corpo marcado por fortes
agressões deste policial.
Fiquei
triste, com o desdobramento do episódio.
O papel da polícia, neste caso, deveria
primeiro apartar a briga, e depois pedir
a identificação dos envolvidos. O que
aconteceu, neste caso, foi um incidente
que mostrou um policial que combate a
violência com violência.
Foi um episódio que eu faço questão de
relatar, para que alguns policiais, façam
uma reflexão, lembrando que é o povo quem
paga o seu salário, com isso devendo sempre
ser respeitado, e que a principal atribuição
de uma polícia civilizada e respeitadora
de quem paga o seu salário é intervir
com prudência, acima de tudo com dignidade
e respeito, em todos os lugares existem
pessoas honestas e desonestas.
No meu caso, que estou com o corpo com
diversas manchas de agressões policial,
sendo filho de Ipirá, em visita à cidade
para curtir a festa, me deixou triste,
foi truculência, excesso de violência,
sem nenhuma necessidade.
Tenho certeza que o poder público, o prefeito
Marcelo e toda a sociedade ipiraense repudia
este tipo de coisa. Espero, que este caso
possa ser visto como um incidente isolado,
na esperança que a corporação policial
(PM) e também os seus superiores locais,
não apoiam este tipo de comportamento
dos seus subordinados, onde certamente
a orientação deve ser a de realizar um
serviço coerente, essencial a segurança
púbica, primando pelo respeito às leis
e diretrizes da corporação", desabafou
o estudante espancado, concluindo: "Truculência,
é grave, é desrespeito às leis, abuso
de poder. Espero que os ofendidos procurem
a corregedoria de polícia, procurem o
Ministério Público (MP), e depois – como
dor de quem apanhou não pode ser retirada
– mova uma ação contra o Estado, exigindo
indenização por danos, pois o Estado é
culpado por uma polícia que abusa de poder
e não respeita direitos humanos. Polícia
é para proteger, averiguar, deter. Hoje
em dia não se permite bater em cão, em
qualquer bicho, mas a polícia pode exagerar
e espancar um ser humano, covardemente
e ficar impune?" |