O canto da rasga
mortalha esgarça o silêncio noturno
Escalpelo-me com as mãos em estado de
fúria
Sinto-me um espantalho crucificado, soturno
Vociferando do peito as chagas da minha
injúria
Praguejo o espírito néscio que me atormenta
Liberto-me das correntes do neurótico
querer
Lanço os meus lábios aos bares de bocas
sedentas
Ajoelho-me a solidão até o coração desvanecer
Bebo a tempestade encharcando-me do mundo
Comovo-me com o olhar cadavérico das meretrizes
ensandecidas
Volto ao calabouço e me abrigo num estado
profundo
Com músicas melancólicas e garrafas de
várias bebidas
Desmaio embriagado no espojo de um cachorro
lazarento
Derramando lágrimas cálidas e mordazes
Recitando versos metafísicos em direção
ao firmamento
Pairando em devaneios ébrios nos confins
deste oásis.
Autor:
Rodrigo Santana Costa
Rodrigo Santana Costa é
graduado em Letras Vernáculas
pela Universidade Federal
da Bahia e atua como educador
nas escolas do município
de Ipirá. Também é escritor
e publicou a obra 'Clarecer'
em verso & prosa.
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