O
prefeito Marcelo Brandão pode ser até
bom de papo; ele pode ser até um ótimo
sonhador, mas que ele está metido numa
camisa de sete varas, lá isso ele está.
A coisa não está muito boa para o seu
lado de administrador. Quem persegue o
homem é a realidade concreta.
O prefeito Marcelo Brandão pode até pensar
que o problema de Ipirá é ser uma cidade
malamanhada e com feiúra; bastando apenas
uma boa maquiagem para resolver o problema.
É chover no molhado. O “choque de ordem”
do abafa exonerou-se nos primeiros meses
e “tudo continua como dantes no quartel
de Abrantes.” O homem continua batendo
a testa na realidade concreta.
O prefeito Marcelo Brandão não apresentou,
nem apresenta, nada de novidade, o homem
fica ciscando, ciscando e não descobre
uma coisa nova, aí fica jogando peteca,
tira o CEO de lá bota prá cá; tira a Secretaria
de Saúde de cá e bota prá lá. A conversa
é que a prestação de serviço melhorou.
De boca ou de fato? Porque a UPA capenga
na falta de material para atendimentos
simples.
O prefeito Marcelo Brandão não apresenta
nada de novo, não é porque não quer, vontade
até que ele tem, mas é porque não pode.
O homem está amarrado no pé da mesa. Não
conta com o governo do Estado da Bahia
e esse governo fajuto e golpista do Michel
Temer o que faz é tentar tirar a corda
do próprio pescoço, tá lá se incomodando,
nem procurando saber como é que vai Ipirá.
A realidade é pirracenta.
O governador Rui pouco ou nada apresentou
em Ipirá, mas eu quero ver um governo
federal, seja lá quem for, da corja do
PMDB ou PSDB, fazer por Ipirá mais do
que Lula e Dilma, (casas populares, creches,
UPA). Aí o prefeito Marcelo Brandão fica
num canto de cerca. Do governo federal
(esse ou o que vier) não pode esperar
muita coisa. Desse mato não sai coelho.
Para melhorar o quadro para o seu lado,
resta a mudança no governo do Estado da
Bahia. O prefeito vai ter que deixar o
couro e o osso na campanha do DEM. Para
mostrar serviço vai ter que vencer em
Ipirá. Se vencer em Ipirá e perder no
Estado é o mesmo que dá um tiro de garrucha
e receber um de canhão. A realidade tem
dessas coisas.
O próximo ano será ano de eleiçôes. Como
sempre um ano perdido e difícil. O prefeito
viverá o seu gargalo. Se amarrar o cadarço
do seu sapato de mau jeito vai sentir
o calo gemer. Vai viver na perrenga com
dez milhões de receita própria por mês.
A folha do pessoal pega uma boa fatia.
O coração da gestão MB, o setor de licitação,
entrega uma boa bocada.
Aí, restam os poucos recursos próprios
e o prefeito não está bem na fita com
a jacuzada ansiosa. A administração conta
vantagem porque cortou os aluguéis de
casas e carros com locadores macacos.
Agora é a vez da jacuzada levar a vantagem
esperada. Esse é o miojo cremoso de jacu
e macaco em Ipirá, enquanto a população
se estrepa.
Se o município de Ipirá depender exclusivamente
de recursos próprios significa que vai
viver com a cuia na mão e que seu prefeito
será um alpinista sem céu, porque queiram
ou não, aceitem ou não, o nosso atraso
é grande, estamos em plena Era da necessidade
de Saneamento Básico; de uma Energia Elétrica
suficiente para tocar qualquer projeto
sem perigo de racionamento ou de ficar
sem energia e de água da Embasa na torneira
todo dia e o dia todo.
A gestão do prefeito Marcelo Brandão não
pode engolir um elefante, mas se engasga
com um mosquito. A mais recente é que
deixou a Embasa cortar a água do Parque
de Exposição por causa de uma conta de
sete mil reais, justamente quando está
programada uma grande corrida para o “Hipódromo
de Ipirá” em outubro. É muita lambança
e eu fico até desconfiado que Ipirá não
vê a cor de dez milhões por mês. É muito
menos.
Por Agildo Barreto
|