O prefeito Marcelo Brandão quebrou o gelo
e recebeu em seu gabinete os estudantes
ipiraenses que residem em Salvador. O
prefeito agiu corretamente e de forma
democrática ao conceder audiência e manter
uma conversa aberta, reta e livre com
os estudantes, olhando nos olhos, de forma
respeitosa. Muito bem prefeito!
A Câmara de Vereadores cumpriu um papel
interessante nesse episódio, porque fez
o meio de campo entre os estudantes e
o prefeito, fazendo com que a porta do
gabinete do Executivo fosse aberta aos
estudantes para o diálogo. A Câmara de
Vereadores pode ter um papel muito mais
importante e significativo junto a comunidade
ipiraense.
O prefeito Marcelo Brandão, na audiência,
enxugou o gelo. Não apresentou uma solução
para o problema da residência dos estudantes
em Salvador. Foi enfático ao dizer que
não vai promover nenhuma reforma na Casa
dos Estudantes, enquanto não fizer a reforma
da PRAÇA do Mercado, que é a sua prioridade.
Empurrou o problema com a barriga, lá
para frente, no meu entender, no colo
do próximo mandato ou prefeito (2020).
Vê se pode? O prefeito atual está cozinhando
um galo de 46 anos com vela. O prefeito
Marcelo Brandão deu mostra, claramente,
nesta conversa, de que Ipirá está estancada,
que nem jegue na frente de carreta. Jacu
& macaco quebraram Ipirá literalmente.
Primeiro ponto, Ipirá não tem condições
de tocar duas obras prioritárias, com
recursos próprios, ao mesmo tempo. No
dizer do prefeito Marcelo Brandão, ou
uma ou outra; primeiro uma, depois a outra.
Um município que recebe dez milhões por
mês chegar a esse ponto é ficar com a
cuia na mão. O que está acontecendo com
o dinheiro público do município? Essa
turma do jacu & macaco colocou Ipirá
no redondo do calango.
Segundo ponto, trata da prioridade do
prefeito Marcelo Brandão, que é fruto
da sua cabeça, de uma pirotecnia da presunção
do desejo do prefeito e não da realidade
concreta de Ipirá, da necessidade real
da sociedade ipiraense. Entenda a situação:
o Mercado de Arte pega fogo e cai no colo
do prefeito, que não tem recursos públicos
municipais para fazer a reforma do mercado
aí, num passe de mágica, num sonho mirabolante,
o gestor botou na cabeça que vai fazer
a requalificação da Praça do Mercado e
não somente a reforma do mercado. Triplicou
o problema.
Na realidade, a reforma da casa em Salvador
sobrou para o atual gestor. A Casa dos
Estudantes representa o prosseguimento
e aperfeiçoamento educacional da juventude
popular de Ipirá nas universidades da
capital. Trata-se de EDUCAÇÃO em nível
superior. Aí o gestor municipal de Ipirá
deixa o gelo derreter, a casa não terá
a reforma e não receberá nenhum estudante
no próximo ano. Para os próximos anos,
não se sabe bem o que teremos pela frente,
vislumbra-se a certeza da incerteza, porque
a prioridade do prefeito é fazer o maior
espaço público de eventos do interior
da Bahia.
Entre a educação e eventos; a preferência
do gestor é pela requalificação da Praça
do Mercado, que se tornará um ‘salão de
festa’, mesmo sem ter recursos para fazê-lo,
nem mesmo, estaduais ou da União. Aí,
a administração de Marcelo Brandão tem
a gestação de dois grandes problemas gêmeos
e poderá entrar em estado de eclampsia
e terminar em coma ou morte se, em três
anos, não realizar as reformas do Mercado
de Arte e da Casa dos Estudantes e deixar
dois entulhos como herança maldita.
A reforma da casa sucumbirá com o entulho
das paredes caídas, porque o dinheiro
público de Ipirá será aplicado na feitura
deste ‘salão de festas’ e depois, em EVENTOS
para justificar a existência e a necessidade
desse salão de festas. Será o efeito dominó:
para não ser uma coisa inútil, vai ter
que fazer uma festa atrás da outra.
É uma situação complicada e o gelo vai
derreter dessa maneira. O dinheiro público
de Ipirá será jogado fora ao encher os
bolsos de cantores famosos e espertalhões
que farão as contratações, enquanto a
sociedade padece. Será um rio de desvio
de dinheiro público. E o pior! Tudo em
nome da altivez e pela arrogância de um
gestor.
A luta dos estudantes carentes de Ipirá
será longa. É chegado um momento de conscientização,
mobilização e luta para garantir os direitos
da juventude popular e carente de Ipirá.
Coloco duas sugestões para apreciação
dos estudantes: 1. Que os estudantes mantenham-se
em Assembléia Permanente, até que suas
reivindicações sejam atendidas pelo Poder
Público; 2. Que os sábados e domingos,
em Salvador, na residência atual (alugada),
sejam utilizados para informações, conversas,
palestras, debates, seminários, etc, envolvendo
a participação de ex-residentes e simpatizantes
da causa.
Aproveito para fazer um apelo aos ex-residentes.
A situação é grave e preocupante. É necessário
arregimentar forças em prol da causa da
Casa dos Estudantes. Seria interessante
que ex-residentes e simpatizantes fossem
até a residência alugada (rua Teodoro
Sampaio, 163, Barris, a rua do Salete)
para receber informações e prestar solidariedade.
Seria interessante que todo ex-residente
fizesse uma declaração de apoio a residência,
por escrito ou em vídeo, é só gravar no
celular e jogar na rede. Se quiserem mim
dá essa honra, farei questão de fazer
a postagem neste blog, bastando para tal,
colocá-la em “comentários”, no final da
postagem do blog.
Por Agildo Barreto
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