Rapaz
gay de 25 anos grava e posta vídeos antes de
tirar a própria vida. Precisamos discutir isso
19/10/2017
Na madrugada da última sexta-feira, 13
de outubro de 2017, mais um jovem e talentoso
artista ceifou a própria vida. Fabrício
Junior tinha 25 anos e era ator. Nascido
em Diamantina e residente em Belo Horizonte,
cidades do estado de Minas Gerais, ele
cometeu suicídio em sua casa. Segundo
informações de amigos, Junior era um jovem
alegre, tranquilo e sociável. O rapaz
aparentava levar uma vida normal como
um jovem artista sonhador, mas sofria
de depressão, diagnosticada havia pouco
mais de um ano. Longe de seu tratamento
devido aos efeitos colaterais dos medicamentos
contra a depressão, Fabricio não aguentou
mais a pressão mental e social que sofria.
Antes do suicídio, ato que foi premeditado
durante muitos meses, Fabricio gravou
três vídeos que postou em seu perfil no
Facebook. Nas gravações, o rapaz explicou
seus motivos, despediu-se de seus amigos
e familiares mais próximos e se mostrou
muito decepcionado com sua vida nos últimos
dias. "Me desculpem todos aqueles
que me amam", disse. Durante a despedida,
o ator menciona relacionamentos afetivos
rompidos, sobre pessoas que lhe fizeram
mal e sobre o contexto em que vive, provavelmente,
referindo-se a intolerância da sociedade
com a população LGBT a qual pertencia.
Em alguns momentos do vídeo, sorri, diz
querer viver intensamente suas últimas
horas e que gostaria de ser lembrado sempre
sorrindo. Ao todo, foram três vídeos,
dois deles de aproximadamente dez minutos
cada, em que o rapaz discursa em suas
últimas horas de vida. Algumas informações
não oficiais obtidas através de rede social
indicam que Fabricio se matou ingerindo
uma alta quantidade de medicamentos.
CONTINUA DEPOIS
DA PUBLICIDADE
"Mesmo
fraco em pedaços, eu prefiro te dizer
obrigado por estar aqui", diz ele
no vídeo. Às quatro horas da madrugada,
Junior postou os vídeos que fizera. Dez
minutos depois, uma última mensagem, um
"Adeus" com fundo cinza postado
em seu perfil. Foi seu último suspiro.
Há pouco mais de duas semanas, o ator
perdeu seu animal de estimação. O gato
morreu envenenado, e a falta do pet configurou
o agravante de sua depressão. Amigos e
familiares lamentam nas redes sociais.
"Quero deixar minhas pegadas sobre
as areias do tempo, sei que havia algo
lá e algo que deixei para trás. Quando
eu deixar este mundo não vou deixar arrependimentos.
Vou deixar algo para lembrar, então eles
não vão esquecer. Eu estava aqui vivi,
amei, eu estava aqui. Fiz, concluí, tudo
que queria. Vou deixar minha marca para
que todos saibam, eu estava aqui. Quero
dizer que vou viver cada dia até eu morrer
e saber que eu tinha algo na vida de alguém,
os corações que toquei serão a prova que
deixo que fiz a diferença ... ",
diz o rapaz no vídeo.
Amigos pediram para postarmos sobre a
morte, para ajudar pessoas na mesma situação,
em depressão. Apesar da polêmica em torno
da divulgação
de atos assim incentivar outros, decidimos
mostrar, acima de tudo para dizer que
estamos juntos na luta contra a homofobia,
fator agravante para o suicídio de tantos
LGBTs, e que causa males a tantos de nós.
Precisamos mostrar que são as pequenas
coisas da vida que fazem ela ter sentido
e que tudo tem solução. Se você não consegue
ver isso, peça ajuda.
Centro de Valorização da
Vida
A organização social Centro de Valorização
da Vida (CVV), presta apoio gratuito para
pessoas em situação de vulnerabilidade
emocional como forma de prevenção ao suicídio.
O atendimento é feito presencialmente,
por telefone, e-mail, chat, WhatsApp e
Skype, todos os dias, 24 horas. Para solicitar
atendimento, basta ligar 141 ou acessar
o site cvv.org.br. O endereço em Curitiba
é na rua Carneiro Lobo, 35, bairro Água
Verde.
Que
tal colocar seu evento na internet
(no Ipirá Negócios, facebook, etc.)?
Mostre sua festa, seu
casamento ou aniversário para o mundo,
para quem está longe e não pode estar
presente.
Aniversários, Casamentos, 15 anos,
Bodas, Eventos Empresariais e Esportivos,
Congressos e Feiras
Telefone:
(75) 9119-9017 / Email: osm2112@gmail.com
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