Número
de latrocínios cresce 57,8% em sete anos no
Brasil
30/10/2017
O
número de latrocínios (roubos seguidos
de morte) cresceu 57,8% em sete anos no
país. A conclusão está no 11º Anuário
do Fórum Brasileiro de Segurança, que
será lançado nesta segunda-feira (30)
em São Paulo. De acordo com o estudo,
que concentra estatísticas oficiais das
autoridades de segurança dos estados,
em 2016 foram registrados 2.514 assassinatos
cometidos durante o ato do roubo ou em
consequência dele. Na edição anterior
do estudo, divulgada em 2010, o número
havia sido de 1.593.
Em 19 estados houve aumento nesse tipo
de crime. Rondônia (124%), Tocantins (73%)
e Rio de Janeiro (70%) foram os estados
com maior crescimento. No outro extremo,
entre as unidades da federação em que
os índices de latrocínio regrediram, as
princiais quedas foram em Roraima (45%),
Paraíba (28%) e Amapá (23%). Nos seis
estados mais populosos além do Rio de
Janeiro, foram registradas altas em São
Paulo (1,2%), Bahia (1,4%), Paraná (8,3%),
Rio Grande do Sul (17,1%) e Pernambuco
(45%). Apenas em Minas Gerais houve recuo,
de 10,6%.
CONTINUA DEPOIS
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Na
relação entre o número de latrocínios
e a população, o Pará aparece como o mais
violento, com 2,6 casos por 100 mil habitantes
no ano. Outros quatro estados superaram
o índice de 2/100mil: Pará, Goiás, Amapá,
Amazonas e Sergipe. Na outra ponta da
tabela, Tocantins, São Paulo, Santa Catarina,
Paraíba, Paraná e Minas Gerais ficaram
abaixo de um por 100 mil. A taxa média
do país é de 1,2 latrocínios a cada 100
mil habitantes.
Para especialistas, a alta generalizada
tem relação direta com a crise econômica
que o país tem enfrentado. Sem recursos,
os estados reduziram os investimentos
em estrutura e pessoal nos últimos anos.
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