A
seca se alastra inclemente /A terra ardente
/ situação de calamidade pública / é a
natureza constante e operante / a resposta
é a de sempre, repetida / formada por
uma série de invocações curtas / o catingueiro
entregue a labuta / na esperança que ela
se vá.
Você já observou que a conversa é longa
e fastidiosa. A montagem de uma estrutura
de convivência com a seca é difícil, exige
engenhosidade, muitos recursos e operacionalidade.
Um sertanejo entregue ao seu destino.
Não é mais aquela catástrofe e flagelo
da década de 30 do século passado; muita
coisa mudou e tem mudado. Agora, estamos
caracterizados por defeitos e inconveniências;
se bem que, a estiagem atinge em cheio
a zona rural de Ipirá e para a zona urbana
está tudo como dantes no quartel de Abrantes.
É outra realidade.
São realidades opostas, embora o campo
sustente a cidade. Nesta situação, o problema
crucial do município de Ipirá é o atendimento
às pessoas carentes da zona rural. Evidentemente,
que sobra para o Poder Público. A Prefeitura
Municipal tem a obrigação e o dever de
atender estas demandas.
Qual é o calibre do poder no município
de Ipirá. A Câmara de Vereadores é majoritariamente
de base rural. Sua representação tem por
base o voto da população rural, naturalmente,
os anseios populares da zona rural tornam-se
o compromisso imediato e merecedor de
fidelidade.
Fazer as políticas públicas atingirem
o homem do campo, nesta situação de estiagem,
é urgente; cobrar uma ação pública contínua
para minorar os estragos da estiagem,
significa estar em sintonia com a vontade
do homem do campo. Interesses pessoais
ou de grupo (jacu e macaco) não representam
os interesses coletivos do povo. Não jogo
praga nos vereadores que traírem aos interesses
do povo da zona rural, só desejo-lhes
que as urnas os condenem, negando-lhes
a sua vitória pelo voto.
O Poder Executivo é a representação hegemônica
das oligarquias. É a cadeira mais desejada
em Ipirá. Tem sido ocupada, sistematicamente,
nestas últimas décadas, por médicos ou
advogados. Não opera em benefício da comunidade.
O compromisso está amarrado ao interesse
da oligarquia que está no poder e, cinicamente,
é indiferente à sorte de milhares de munícipes
da cidade e do campo. Pelo o IDH de Ipirá
dá para perceber.
O
sistema jacu & macaco é o modus operandi
das oligarquias. Acatam a regra do jogo
e aceitam o revezamento no poder. Sabem
que é impossível um só grupo (jacu ou
macaco) dominar toda a população e o filé
não dá para todos os chefes e espertalhões
dos grupelhos, têm muitas contradições
e interesses em jogo.
Com dois agrupamentos pactuados (jacu
e macaco) e aparentemente discordantes
fica facilitado o domínio sobre a quase
totalidade dos munícipes. Assim sendo,
os interesses privados e oligárquicos
(familiares e de grupelhos) são melhores
atendidos e contemplados em substituição
e descaso aos interesses populares e coletivos.
Trocando em miúdos: “o governo do prefeito
Marcelo Brandão hoje conta com contratos
de aluguéis no valor de R$ 422.020,00,”
uma ‘farra de aluguéis no banquete da
jacuzada’.
O outro grupo não deixa por menos: “apresentados
valores globais dos contratos de locações
do ano passado no valor de R$ 738.104,50,”
uma gostosa ‘farra de aluguéis no banquete
da macacada’. O eleitorado do jacu e macaco
não sente nem o cheiro desse banquete.
É coisa para os espertalhões. Imagine,
como será o caldo de quem está sentado
à mesa do banquete colado ao trono?
Ai, para fugir da lambuzagem do jacu e
macaco e procurar o atendimento aos interesses
do povo, torna-se necessário fazer uma
pergunta bem simples: qual é a proposta
do poder municipal para atender aos agravos
da seca no município? Carro-pipa é uma
resposta vezeira e costumeira.
Neste momento, qual deve ser a preocupação
da administração municipal? O setor produtivo
rural no município de Ipirá é deficiente.
O setor de comercialização do produto
rural em Ipirá é precário e inexistente.
O município não tem um Matadouro de Animais.
O Parque de Exposição em completo abandono.
A Feira de Animais não recebeu dessa nova
administração a menor sinalização de apoio,
nem mesmo, na organização e gerenciamento
da área. Um completo descaso.
Quais são os interesses do gestor Marcelo
Brandão? Sem dúvida, não são os mesmos
do catingueiro do município. A população
rural se habituou a viver na necessidade
e sobreviver como pode. As elites oligárquicas
que dominam o poder no município não são
portadoras de esperanças e estão preocupadas
em não perderem sua situação de opulência
e de privilégios.
Aos catingueiros desamparados pelas políticas
públicas, resta-lhes o que a vida lhes
ensinou, a resistência, a coragem da labuta
e a indignação aos indiferentes, mesmo
que seja apenas, um gesto bem íntimo.
Que
tal colocar seu evento na internet
(no Ipirá Negócios, facebook, etc.)?
Mostre sua festa, seu
casamento ou aniversário para o mundo,
para quem está longe e não pode estar
presente.
Aniversários, Casamentos, 15 anos,
Bodas, Eventos Empresariais e Esportivos,
Congressos e Feiras
Telefone:
(75) 9119-9017 / Email: osm2112@gmail.com
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