O
sexo ocorre sem qualquer constrangimento, logo após
uma breve conversa - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles
Homens
são flagrados fazendo sexo entre eles no
meio de parque da cidade
Como
se atuassem em um filme erótico, os homens transam
sem nenhum constrangimento.
03/02/2018
Quem
chega ao Parque da Cidade de Basília pela
entrada do Departamento de Polícia Especializada
(DPE) e segue no sentido do Setor de Indústrias
Gráficas (SIG) passará por pontos tradicionais,
como os restaurantes Alpinus e Gibão.
Um pouco mais adiante, ainda pela pista
que margeia a localidade, há o Pavilhão
de Exposições. Os encontros sexuais à
luz do dia ocorrem na área verde e nos
dois estacionamentos colados nesse centro
de eventos.
Como se atuassem em um filme erótico,
os homens transam sem nenhum constrangimento.
Em geral, não são casais. Grupos de quatro
a cinco pessoas dividem experiências sexuais,
promovendo um bacanal nos jardins do Parque
da Cidade. No mesmo ambiente, simultaneamente,
é possível flagrá-los se masturbando,
fazendo sexo oral e anal em conjunto.
Quando o clima esquenta, sob a claridade
do meio da tarde, formam-se até filas
para a prática sexual.
O
sinal para os encontros sexuais é deixar
os vidros abaixados e as portas abertas
- Foto: Hugo Barreto / Metrópoles
Com
uma câmera escondida, a reportagem filmou
várias cenas explícitas de sexo no lugar
conhecido por Jardim do Sussurro. Os encontros,
em geral, não são agendados, mas aparentemente
casuais. Os frequentadores circulam de
carro pelo local, em busca de uma companhia
que os agrade.
Os sinais são conhecidos, seguem o seguinte
padrão: um carro encosta no outro, os
vidros estão abaixados, e as portas, semiabertas.
É a senha para o encontro, que pode ocorrer
dentro do veículo ou do lado de fora,
em cima do capô, na grama, ou agarrando-se
aos troncos das árvores. No espaço, existem
ainda bancos de concreto apelidados de
“sofá da Hebe”. Os assentos sem nenhum
conforto também funcionam de apoio para
a pegação.
Dentro dos veículos,
casais também transam sem se preocupar
com olhares curiosos - Foto: Hugo Barreto
/ Metrópoles
Não
é preciso mais de uma tarde para testemunhar
cenas que são, segundo o Código Penal,
tipificadas como atos obscenos. É difícil
explicar em palavras o conteúdo revelado
pelos vídeos. Homens que gostam de ver
e serem vistos enquanto fazem sexo sem
nenhuma proteção. Uma mesma pessoa é capaz,
em um espaço de meia hora, de se relacionar
com três ou quatro parceiros diferentes,
sem nem sequer conhecê-los.
Durante a apuração, a equipe foi abordada
por um dos frequentadores: “O que você
curte, passivo, ativo? Sabe o que eu estou
pensando? Estou a fim de ‘piroca’. O que
você já fez? Me conta”
Homens
se insinuam entre as árvores do chamado
Jardim do Sussurro - Foto: Hugo Barreto
/ Metrópoles
Em
um outro momento constrangedor, os repórteres
encontraram, entre as mangueiras, um senhor
de meia-idade. De aparência distinta,
o homem grisalho vestia calça jeans e
camisa polo listrada. A bizarrice é que
ele estava com o zíper aberto, segurando
o órgão sexual. De sotaque mineiro e com
a naturalidade de quem cumprimenta um
conhecido, o homem atualizou seu status:
“Puxa, acabei de gozar”. Era como se estivesse
desculpando-se aos dois interlocutores
por não ter esperado para uma transa.
Os repórteres perguntam ao senhor: “Você
gosta de assistir?” E o homem responde
assertivamente. A alguns metros dali,
um casal também fazia sexo.
No
Jardim dos Sussurros, rastros de sexo
explícito estão por toda parte
Nem
mesmo quem frequenta o local a trabalho
resiste às tentações da sacanagem. Na
tarde da última quinta-feira (25/1), um
ambulante vendia Red Bull e cerveja aos
frequentadores do local, quando ele mesmo
resolveu fazer uma pausa no expediente.
Por alguns minutos, deixou as duas caixas
de isopor posicionadas na caçamba de uma
S10, abriu a braguilha e se masturbou.
Assim, sem qualquer preocupação de ser
notado.
No dia seguinte, o mesmo ambulante se envolveu
em mais uma dinâmica sexual: por volta das
18h, uma Fiorino timbrada com o nome de
uma empresa de alimentos parou o carro em
frente ao local onde o vendedor faz ponto.
Ele abriu a janela, e o comerciante se aproximou
do veículo. Sem trocar palavras com o motorista,
o autônomo simplesmente abriu as calças
para receber sexo oral, feito pela janela
do carro. O ato terminou em poucos minutos.
Então foi a vez de o primeiro retribuir,
ainda pela janela do automóvel. Embora os
dois, ao que tudo indica, não se conheçam,
a relação não é de prostituição.
Homens
não se preocupam nem em se esconder dentro
dos carros - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles
Na
maior parte das vezes, não há dinheiro
envolvido. Mas, ao notar a oportunidade
de faturar, o ambulante ofereceu seus
“serviços” por R$ 50, conforme comprova
o primeiro vídeo desta reportagem.
Muitos dos carros que circulam por ali,
com passageiros em busca do fast-food
do sexo, são sofisticados, de alto padrão.
Os horários de almoço e de final de expediente,
por volta do meio-dia e das 18h, são quando
o local fica mais movimentado. A aparência
dos homens que encostam por lá é a de
quem está saindo do trabalho. Durante
os três dias em que o Metrópoles esteve
no local, a equipe observou a presença
de apenas uma mulher, quem estava com
um grupo de amigos. Dançaram, beberam,
mas não fizeram sexo.
No mesmo período de apuração, a reportagem
não encontrou nenhuma viatura da polícia
ou da vigilância privada do Parque da
Cidade.
Fonte:
24 horas News, Por Metrópoles
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