Na
primeira noite eles se aproximam e roubam
uma flor do nosso jardim. E não dizemos
nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão, e não
dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz
e, conhecendo o nosso medo,... (Maiakovski
/ Eduardo Alves da Costa)
Eles
rastejam na sombra das trevas e diante
do silêncio adormecido agem sorrateiramente
e fazem a melança que lhes convém, dentro
do gosto e prazer que lhes apetece.
Não pediram o seu consentimento, nem solicitaram
a sua licença e muito menos te pedirão
desculpas pela nódoa e pela mancha de
substância gordurosa na frente da tua
residência ou da tua casa comercial. Isso
é habitual em Ipirá.
Corriqueiro
em Ipirá tornou-se o domínio administrativo
do município por advogados e médicos por
quatro décadas, com três exceções. Não
tem sido uma experiência promissora para
o município. Dividiram-se em dois grupos:
‘jacu e macaco’, alternando-se nesse processo
de triturar, moer e apilar essa formação
demográfica chamada Ipirá.
Um comparsa do grupo ‘jacu’ para ser agraciado
e favorecido pelos patrões oligárquicos
implementou a troca do nome da Praça da
Bandeira, mesmo sem ser uma necessidade
coletiva. Não ouviu a comunidade, cacetou.
Um
administrador ‘macaco’ tomou uma atitude
pessoal e não escutou a comunidade, assim
sendo, da própria cabeça saiu a idéia
de trocar uma casa/terreno (casa de passagem)
por três metros de terra no fundo. Uma
casa por um terreno! Negócio da China.
Não ampliou a passagem nas condições necessárias.
Um
administrador ‘jacu’ deu metade de uma
praça ao falido INSS. A comunidade reclamou
e não deram atenção. O outro administrador
‘macaco’ permitiu que construíssem um
prédio dizendo que aquilo seria a redenção
do local. A praça foi dividida em quatro
ruas e a comunidade aguarda a tal da salvação.
A
administração do ‘jacu’ está construindo
uma lan house com a convicção de que se
trata de uma obra suprema para a cidade.
A opinião dos moradores não teve a menor
importância e valor. Coisa procedente
da arrogância de quem ocupa um posto de
mandatário, achando-se o salvador da pátria.
A
quadra da Barão é uma coisa infame encravada
no centro da cidade. Uma quadra descoberta,
feia, horrorosa e que se tornou um desserviço
à comunidade em todos os sentidos. Os
moradores e a comunidade merecem uma obra
decente e digna naquele local. Aqui, fica
clara, a indiferença e a incapacidade
das administrações do jacu/macaco diante
dos problemas do município de Ipirá.
Observe,
que só toquei nas questões físicas. Afirmando
que o problema principal e mais importante
é o ser humano que mora nesse ambiente
físico, ficamos a lastimar a vergonhosa
posição do município de Ipirá: 4683º.
entre 5564 municípios brasileiros, nas
variáveis Educação, Saúde, Trabalho &
Renda avaliados pela FIRJAN.
Resta-nos, contudo, refletir sobre os
versos do poeta:
"Nós vos pedimos com insistência:
Nunca digam - Isso é natural
Diante dos acontecimentos de cada dia,
Numa época em que corre o sangue
Em que o arbitrário tem força de lei,
Em que a humanidade se desumaniza
Não digam nunca: Isso é natural.”
Por Agildo Barreto
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NEGÓCIOS dá Existência Pública aos Eventos
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tal colocar seu evento na internet
(no Ipirá Negócios, facebook, etc.)?
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