Sexo
satisfatório não tem relação com a idade.
Pelo menos entre os americanos, segundo
o levantamento anual "Solteiros na
América". Para a turma que respondeu
aos questionários do site de relacionamentos
Match.com, os anos são apenas números
quando se trata de relacionamentos sexuais,
e não é a garotada que está experimentando
o melhor sexo de suas vidas, mas exatamente
os pais deles.
A plenitude sexual se dá aos 66 anos,
para as mulheres, e 64 anos, para os homens,
aponta a pesquisa, realizada desde 2010.
No levantamento para 2018, foram ouvidos
5 mil solteiros a partir de 18 anos -
e sem limite - de todos os níveis de renda
nos Estados Unidos.
Os resultados são um contraponto à crença
de que o sexo após a virada dos 60 anos
perde o fervor, a graça ou prazer. E também
ao mito de que o apelo sexual é baseado
inteiramente na aparência física do parceiro
- ou na própria.
A notícia faz eco no Brasil. Para o sexólogo
Arnaldo Rismam, diretor do Centro de Estudos
do Comportamento e da Sexualidade de São
Paulo, assim como os corpos mudam com
o passar dos anos, o sexo também. E não
necessariamente para pior. Há houve avanços
que garantem de lubrificação feminina
a ereção para os homens. Há barreiras,
sim, mas nada que criatividade não resolva,
assegura ele.
O sexo depois dos 60 anos pode ser tão
gratificante na medida em que as expectativas
e os papéis sociais sejam menos rígidos.
Os parceiros são escolhas baseadas em
razões que não imposições por filhos ou
casamento. Nessa fase, pontua Risman,
carinho, beijo ou uma sopa têm o mesmo
valor.
Maria da Luz Miranda, da Agência O
Globo
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