Tradições
são para serem mantidas. Dizer
que é de Ipirá, e não ir na Sexta Feira
da Paixão ao 'Monte Alto', é esquecer
as raízes ipiraenses.
Apesar da alternância climática, onde
as vezes a chuva era fina, outras horas
o sol era forte, centenas de católicos
realizaram peregrinação ao 'Monte Alto',
na cidade de Ipirá (BA), durante a Sexta-Feira
Santa ou Sexta-feira da Paixão (30), data
em que os cristãos lembram o julgamento,
paixão, crucificação, morte, sepultura
e ressurreição de Jesus Cristo, através
de diversos ritos religiosos.
Por volta das 6 horas, os fiéis já se
concentram na subida do morro. A pé, levando
velas, às vezes vinho, relembrando os
sacrifícios de Jesus Cristo antes da crucificação
e morte. A subida do morro demora cerca
de 40 minutos.
O Monte Alto é um ponto turístico e de
peregrinação de Ipirá, possui uma capela
e um Cruzeiro, feitos de cimento e madeira,
com a finalidade de homenagear a tradição
da fé católica da região. A Subida ao
Monte Alto é um evento religioso, mas
é também um evento social. A trajetória
é secular, tem história, vem carregada
de tradição herdada pelos ancestrais,
e que o povo faz questão de manter.
A peregrinação já se tornou um dos eventos
mais tradicionais e conhecidos, atraindo
visitantes de diversas localidades. O
evento reúne centenas de pessoas de diferentes
classes sociais, denominações cristã diferentes,
mas todas com o propósito de conceder
sentido religioso às comemorações da Semana
Santa.
A trajetória é também um momento especial
para repensar cristo, fortalecer a fé,
manter tradições e reencontrar amigos,
políticos e nativos da cidade que muitas
vezes não moram mais no município mas
aproveitam a ocasião para rever a cidade
e consequentemente renovar laços familiares
e de amizade.
Apesar de que nos anos de eleições o número
de políticos participando da peregrinação
aumentem, o evento sempre conta com alguns
políticos locais, este ano merecem destaque
as presenças do vice prefeito do município,
José Ricardo e esposa, Carlinhos Baiano
e o filho Hugo, e o vereador Weima Fraga.
Para Weima Fraga, o momento é propício
para agradecer a Deus e também manter
tradições. "Estar aqui hoje, como
faço todos os anos, é uma oportunidade
de agradecer a Deus, fortalecer a fé cristã
e os vínculos com o povo e suas tradições",
disse Weima. |