Entre
os anos de 2011 e 2014, mais de 4.200
bebês nasceram sendo fruto de estupro
de crianças e adolescentes. De acordo
com uma pesquisa divulgada pelo Ministério
da Saúde, entre esses anos, 49.489 meninas
de 10 a 19 anos foram vítimas deste tipo
de abuso no país. A pesquisa também revelou
que as garotas estão mais sujeita a mortes
por agressão. Depois de mortes por acidentes
de transportes terrestres, esta é a segunda
causa de mortalidade entre meninas de
5 a 19 anos.
Segundo a diretora do Departamento de
Doenças e Agravos Não Transmissíveis e
Promoção da Saúde, Maria de Fátima Marinho,
a análise mostra que a ocorrência de estupro
na infância ou adolescência pode estar
associada à maior vulnerabilidade das
meninas à depressão, suicídio, gravidez,
ao menor uso de métodos anticoncepcionais,
maior risco de repetição da agressão e
ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis.
Entre 33 mil jovens de 10 a 14 anos que
sofreram abusos, 43% dos estupros foram
cometidos por familiares ou parceiros,
ocorrendo em 66% dos casos dentro da residência
e com histórico de repetição foi de 45,6%.
Segundo o site Uol, os números também
mostram que as mulheres negras são as
mais afetadas, correspondendo a 58,1%
dos casos, enquanto em 29,6% deles as
vítimas são brancas. Em relação às vítimas
que estão entre a faixa etária entre 15
e 19 anos, cerca de 46% dos estupradores
eram desconhecidos.
As mães que foram vítimas de abusos registraram
também um alto percentual de parto prematuro
(37,2%), além de início tardio do pré-natal
e uma proporção maior de bebês com baixo
peso ao nascer .
Fonte:
Bahia Notícias |