Américo
Reis é suspeito de matar a mulher e o filho a tiro Facebook
Português
mata mulher e filho na Suíça com 30 tiros
Construtor
civil, apaixonado por armas, faz banho de sangue.
Américo entrou em
depressão depois de a mulher sair de casa
27/04/2018
Incapaz
de suportar a separação da mulher com
quem casou e emigrou há 16 anos, Américo
Reis, um apaixonado por armas, decidiu
acabar com a vida de Ana Bela Cruz. Na
noite de quarta-feira pegou em algumas
das pistolas que tinha em casa, na cidade
de Payerne, Suíça, e avançou para um verdadeiro
banho de sangue. Efetuou 30 disparos sobre
a mulher, de 42 anos, e o filho, de 18,
e fugiu. Foi preso após cinco horas de
negociações com a polícia.
Ana Bela, trabalhadora na área das limpezas,
tinha saído de casa no início deste ano
e levou os dois filhos – Paulo Rafael,
de 18 anos, que também foi morto; e Henrique,
de 16 anos, que terá escapado por estar
num colégio interno. Encontrou refúgio
num apartamento a cerca de 1500 metros
da casa onde viveu com Américo, empreiteiro
da construção civil, 49 anos, e praticante
de tiro desportivo.
Segundo os vizinhos de Ana Bela, Américo
aparecia de vez em quando e os dois tinham
discussões violentas. Na tarde de quarta-feira,
o cenário voltou a repetir-se, mas Américo
vinha armado. Ainda dentro do prédio,
junto à estação central de Payerne, disparou
30 vezes. Os vizinhos tentaram fugir,
mas temeram pela vida. Só deixaram o prédio
após a chegada da polícia e através de
uma autoescada dos bombeiros para não
terem de passar pelos corpos de mãe e
filho.
Ana
Bela Reis foi morta na Suiça / Facebook
A
polícia montou então uma verdadeira caça
ao homem: as estradas foram bloqueadas,
todos os carros passados a pente fino
para evitar a fuga do homicida e até a
circulação de comboios esteve interrompida
durante mais de hora e meia. O homem acabou
por ser localizado na casa de uma amiga
e entregou-se após negociações com especialistas
do DARD (Destacamento de Ação Rápida e
Dissuasão) da polícia do cantão de Vaud.
Um irmão do homicida garantiu ontem ao
CM que Américo entrou em depressão após
a separação. Vivia quase em isolamento
e estava em tratamento e a ser medicado,
mas os familiares desconhecem se cumpria
as indicações médicas.
Paulo
Rafael foi morto pelo pai, Américo Reis,
na Suíça Direitos Reservados
Homicida
com paixão por armas, motos e animais
O homicida era frequentador do Centro
Português de Payerne. Jantava lá "aos
sábados, mas falava pouco e era discreto",
adiantou ao CM um responsável pela coletividade.
Mas, nas redes sociais, Américo Reis exibia
as suas paixões: armas, motos e cães.
Eram estas as imagens que publicava com
frequência. Na casa de Albergaria-a-Velha
guardava alguns dos veículos que adquiriu
nos anos em que trabalhou no estrangeiro,
especialmente no Luxemburgo e na Suíça.
Guardava
arsenal do exército suíço na casa que
construiu
Américo Reis e Ana Bela construíram uma
casa na Branca, Albergaria-a-Velha. Na
quinta-feira à tarde, após denúncia de
uma irmã da vítima, a GNR efetuou buscas
e descobriu um verdadeiro arsenal: nove
pistolas Schmidt & Rubin (armas fabricadas
em exclusivo para o exército suíço), 16
sabres, uma espada de cavalaria e perto
de 1300 munições de calibre proibido.
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