O
município de Ipirá foi agraciado com obras
federais significativas no aspecto social
durante os governos Lula / Dilma, que
podem ser catalogadas pelo estabelecimento
de um inacabado e interminável esgotamento
sanitário (obra de 12 anos), casas populares,
creches e UPA, que amparadas pelos benefícios
da aposentadoria, ganharam um significado
claro e representam no seu conjunto, uma
estratégia de contenção populacional na
localidade para impedir percentuais de
migrações consideráveis. Ipirá segura
uma população em torno dos sessenta mil
habitantes.
Do governo estadual petista Wagner / Rui
não podemos dizer muita coisa, as obras
desses governos para Ipirá podem ser contadas,
com folga, nos dedos de uma mão. Quase
nada. De grande importância e relevância
para o município de Ipirá, nada.
Se fizeram muito por Salvador isso é fato
comprovado e louvável, o mesmo não podemos
dizer em relação ao município de Ipirá.
O governo petista nestes doze anos está
devendo muito ao município de Ipirá no
aspecto de obras estruturantes, necessárias
e imprescindíveis ao desenvolvimento e
progresso de Ipirá.
Estamos sendo vistos e encarados dentro
de uma lógica perversa e minguada, que
estabelece círculos estreitos para um
município com as nossas características,
dificuldades e limitações. Ipirá não tem
condições de andar com suas próprias pernas,
essa é uma triste realidade. O Estado
da Bahia não têm recursos suficientes
para atender à todos os municípios, essa
é outra realidade. A prioridade das obras
do governo do Estado não aponta nada para
Ipirá, uma dura realidade. O governo do
Estado não tem o município de Ipirá na
sua pauta, na sua agenda e na sua ação.
Ipirá está órfã do governo estadual.
Podem até dizer que o Estado da Bahia
está apertado, sem folga financeira, vivendo
no cheque especial e quebrado. Ipirá também
está desse jeito, com a cuia na mão. Mesmo
assim, não temos sobre nós o olhar generoso
e acolhedor que existe sobre a capital.
Salvador tem um governador do Estado e
um prefeito municipal trabalhando pela
cidade. Ipirá navega em mares turbulentos
e imprevisíveis.
São dois bancos fechados pela bandidagem.
A população está sofrendo e sacrificando-se
em filas para aventurar sacar dinheiro.
Um lamentável retrocesso. O Poder Público
Municipal vivendo no mundo da lua e no
país das maravilhas não toma nenhuma providência,
nem ao menos, assume seu papel de autoridade
local na cobrança às autoridades estaduais
e federais. Estamos no caminho da roça.
Tem aspectos sociais de suma importância
para o município de Ipirá que estão sendo
negligenciados pelo poder municipal; têm
demandas concretas e necessárias para
o município que o poder municipal está
virando as costas; tem questões de grande
relevância que estão sendo negadas pelo
poder municipal.
Os poderes institucionais constituídos
estão brincando de esconde-esconde com
Ipirá, nunca encontram o nosso município.
O prefeito Marcelo Brandão também está
de brincadeira; fez uma grande Exposição,
porque a sua realização foi feita no local
certo e conveniente; fez um São João meia-boca,
porque insistiu em realizá-lo num local
inconveniente para festa de multidão,
resultando numa praça favelizada e mulheres
e crianças urinando na frente das casas
durante a fogueira, um atraso e desconforto;
roçou, destocou e desmatou o Puxa para
implantar uma prioridade do município.
Brincadeiras! Imagine quando o povo de
Ipirá resolver trocar de brincadeira,
deixando o esconde-esconde pela barroca.
A barroca era uma brincadeira muito atrativa
em Ipirá. A barroca era a saída da bica
junto ao passeio da casa e o menino tinha
que encaçapar uma castanha lá dentro à
certa distância. Vamos pensar que a urna
é uma barroca e que o voto é uma castanha
e o eleitor tem que acertar o voto na
barroca numa distância de cinco metros.
Seria muita castanha perdida nas eleições,
mas tudo isso é brincadeira de barroca.
Por Agildo Barreto
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