Quando
o ex-prefeito de Ipirá Diomário Sá concede
uma entrevista tem repercussão muito grande
em nosso município porque no mínimo quebra
alguma vidraça ou a pedra cai na sua própria
cabeça.
Diomário falou com a segurança de quem
sabe o lugar que ocupa no grupo da macacada,
que não tem cabeça pensante no campo político,
então, nesse vazio, o Dió deita, ronca
e rola. É o líder por mérito e capacidade.
Diomário
tomou a frente como o grande líder no
momento certo, na hora certa. Falou aos
liderados indicando a direção do voto.
Frisou com ênfase, sem medo de ser feliz,
o nome de Rui Correria, também pudera,
Correria marca 60 x 10 contra Zé da Feira
no jogo de basquete. É jogo definido antes
do apito final.
O Dió não é bobo e não vai entregar a
rapadura de mão beijada. Quem tem média
e é reconhecido pelo governador do Estado
é o Diomário. Esse troféu ELE NÃO vai
jogar no ralo. Ele representa Correria
em Ipirá e o reconhecimento é recíproco,
por isso o prestígio é de DIÓ. Os verdadeiros,
genuínos e autênticos macacos que vivem
na toca são e serão coadjuvantes.
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Agora,
Dió engasgou mesmo, quase não sai, foi
na indicação de Haddad, falou tão rápido,
que quem não estava ligado quase passou
batido e não ouviu, mas ele falou Haddad.
Dió não mete a mão em cumbuca, não vai
em bola dividida, ele é ensaboado, bem
esperto e não pisa no campo quando o jogo
é duro.
O Dió sabe que estas ELEIÇÕES presidenciais
têm uma importância significativa e vital
para o Brasil. ELE NÃO iria se omitir
num momento desse, botou a cara na rua,
ele é Haddad.
O ex-prefeito Diomário, também dá bicuda
na canela, caso necessário seja. Afonso
que o diga! Só se ele fosse besta para
segurar a bandeira de Florence sozinho,
quando o grupo do macaco foi em busca
da sombra do senador Alencar. Dió olhou,
pensou e foi com a maré: 'meu barco também
é esse, eu vou é de carona com Coroné'.
Quem vai levar a melhor nessa jogada?
Tu não sabes? O ensaboado Dió.
Na juventude, Dió foi da escola do Partidão
(PCB) e veio para Ipirá na década de 1960
no período da Ditadura Militar e entrou
no ninho da jacuzada, convivendo por décadas,
ganhando a confiança total do líder maior
e perambulando da sala de visita à cozinha,
só não sentou no trono do grande líder
da jacuzada.
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Jacuzada,
quem te viu e quem te vê! Cadê o líder?
Escafedeu-se, ninguém sabe, ninguém viu!
Eles dizem que o maior líder do grupo
foi Delorme Martins, que chegou à Ipirá
na década de 1940 e aliou-se ao grupo
do coronel Zuza. Antes, tinha sido candidato
a deputado pelo PCB - Partido Comunista
do Brasil e logo foi tornando-se a liderança
do grupo.
Na transição do formato coronelístico
para o caciquista, quando profissionais
liberais assumem a direção política no
município tirando da linha de frente os
coronéis. Delorme Martins colocava-se
na proa do comando do PSD.
Em 1964, com a ditadura militar Delorme
Martins foi preso pela sua atuação política,
o mesmo acontecendo com meu pai, Arnaldo
Barreto. Logo foram soltos.
Na década de 1970, Delorme Martins adere
à Arena e ao carlismo que era o símbolo
maior e a representação genuína da ditadura
na Bahia. Nesta década, surge a apelidagem
de jacu e macaco para os grupos políticos
locais, substituindo os partidos. O carlismo
botou os dois na mesma capanga.
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A
lição é simples. Se Delorme Martins tivesse
permanecido na resistência à ditadura
teria tido uma grande projeção à nível
de Estado; preferiu abrir mão desse horizonte
e manter a posição de grande líder na
província ipiraense com o protecionismo
do carlismo.
Conheceu a derrota no município. Jacu
e macaco eram aliados no apoio ao carlismo.
Com a redemocratização do Brasil, o PT
desbanca o carlismo na Bahia. As duas
forças locais (jacu e macaco) entram em
parafuso: como deixar o carlismo? O PT
estadual deu preferência ao macaco. A
jacuzada ficou sem lenço e sem documento.
A jacuzada ganhou o poder municipal com
Marcelo Brandão. Cadê o líder para desatar
esse nó do isolamento político no Estado?
Marcelo Brandão pensa que a vida política
é uma reles brincadeira e divertimento.
Está enganado. A política é coisa séria.
O caminho e a atitude política que se
adota é que vai determinar um tempo de
vida política mais longo. Cadê o líder?
Hoje, a jacuzada não tem condutor à altura
do líder maior que foi Delorme Martins.
Que atitude tomará o prefeito MB da jacuzada
em relação ao segundo turno eleitoral?
Não é brincadeira. O líder tem que ter
a tranqüilidade e a capacidade política
para não tomar uma atitude devastadora
e suicida para o próprio grupo.
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Qual
seria a decisão correta do líder da jacuzada
num segundo turno eleitoral no formato
do que se desenha pelas intenções de voto?
Sem dúvida, a mais próxima possível da
atitude que tomaria o grande líder deles,
Delorme Martins, no passado em circunstâncias
semelhantes.
Sendo distante e diametralmente oposta
a atitude neste momento, seria negar a
história e o valor positivo da sua liderança.
ELE NÃO optaria pelo fascismo. Quem garante
isso? Os que foram seus liderados.
Por Agildo Barreto
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