O
que está acontecendo com Ipirá? Não sei.
Posso até dizer que Ipirá é fake news;
se não é, parece! Às vezes, penso que
Ipirá saiu meio atravessado e deitou-se
num espojadouro de jegue, revirando por
muitas voltas e lambuzando-se. Resultado:
ganhou uma inhaca da desgraça, que grudou
e impregnou de um jeito que não tem sabão
feito com sebo de carneiro e creolina
que dê jeito.
Na verdade, o município de Ipirá está
amarrado e bem amarrado; não desenvolve
e não sai do lugar do jeito que a população
quer, deseja e necessita: SAMU, Mercado
de Artes, Casa do Estudante, Matadouro,
até mesmo, Biblioteca Lan House, etc e
tal. O nó é cego e o novelo não dá linha.
Não tem um custipiu da silibrina que bote
esse lugar prá andar.
Aí você pode perguntar: por que Ipirá
não desembesta de vez e sobe a ladeira?
Eis uma questão melindrosa, esfarrapada
e carrasquenta. Dizem por aí, que é devido
à natureza do lugar.
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O
município de Ipirá está grudado, incrustado
e atolado no semi-árido e todo mundo sabe
que aqui não tem moleza, nem sopa no mel,
nem sorte para o azar. A realidade é nua
e crua.
Estamos embaixo de uma bola de fogo, que
impera inclemente, queimando e torrando
a terra nua. Isso aqui é um forno microondas.
Um sistema de ar quente e terra ressecada,
com uma inclinação e paixão incontrolável
pela aridez desértica. Isso aqui é um
braseiro de brasa, que tem como termo
sol, calor e suor.
Bem acima das nossas cabeças está o maior
reator atômico que provisiona o universo,
pelo menos pras banda de cá. Tudo de graça,
sem custar um tostão. Força motriz e fonte
de energia exuberante, com alta precisão;
fator de potencialização, majestoso impera
soberano; com fissão e propulsão gigantesca
faz sortimento, provimento, abastecimento,
fornecimento.
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O que é áspero, severo, rigoroso, também
pondera de um jeito solene e potente,
concubina com a água e vira mantimentos
e víveres, em abundância de coisas necessárias
ou proveitosas. Vira poesia.
Nada
é problema em busca de solução. Lá de
cima, sol braseiro de brigadeiro, esquenta
a fogueira, acende tocha, borrifa as cinzas
do fogão; a fornalha vira forno para proteger
o fogo que fornece luz e calor para a
alma. Bendita alma, protegida pelo fogo!
Cá de baixo, o escaldante vaivém de todo
dia, nasce e se põe; segues o teu destino
interminável, incontrolável, insubstituível.
Caminhas firme no teu percurso duradouro
e gracioso. És Senhor de si, do tempo,
da existência, da vida e do ser.
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Calorenta
bola de fogo e luz! Esquenta e protege
os desvalidos; dá na medida exata aos
necessitados. És lanterna em vigília permanente
por teu percurso. O semi-árido te reverencia,
porque cá embaixo a poesia não contamina
a vida.
Essa
conversa tem pé e não tem cabeça. A natureza
do lugar é assim mesmo, ressecada, dura,
sisuda e nada maliciosa. Malícia de raposa
quem tem é a politicagem do lugar. Já
falei do financiador, do eleitor e, agora,
do agiota.
Acredites se quiseres. Sábado, véspera
das Eleições Municipais de 2016, no município
de Ipirá, por estas bandas aportou, vindo
de Feira de Santana, um sujeito muito
vistoso, montado numa Hilux, com corrente,
relógio e pulseira de ouro, esbanjando
fantasia, garboso e imperioso, desfilando
pela avenida em busca de candidato para
votar.
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Para
votar, coisa nenhuma! O elegante canastrão
trouxe uma mala de dinheiro, precisamente,
declaradamente, cinqüenta mil reais fatiados
em nota de vinte reais.
Contribuição oficial de campanha para
o candidato? Qolé, contribuição! Isso
aí é caixa 4. O sujeito era agiota e trouxe
a mala cheia de grana para o candidato
praticar uma boa ação, ao fazer o milagre
da multiplicação e da partilha.
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De
bela ação o inferno está abarrotado. Essa
grana era para comprar uma mercadoria
de qualidade ordinária, mas fundamental
para a realização do sonho e ambição de
um poder oligárquico; abocanhar a prefeitura.
O candidato usa grana própria e alheia
para comprar votos, consciências e vontades.
Quem vai pagar a despesa do banquete e
das migalhas que caem da mesa? A rebordosa
vai ficar na conta do município.
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Com
dinheiro público saindo pelo ladrão; as
estimativas e os obstáculos que historicamente
persistem no município ficam acomodados
e não são resolvidos, perdurando por tempos
e mais tempos.
É
verdade, devido a natureza, o município
não desenvolve. Essa natureza da politicagem
de Ipirá é extremamente nociva, mas não
é só isso, tem mais coisa para a próxima
postagem. Por
Agildo Barreto
"IPIRÁ
NEGÓCIOS dá Existência Pública aos Eventos
e as Notícias Acontecem"
Que
tal colocar seu evento na internet
(no Ipirá Negócios, facebook, etc.)?
Mostre sua festa, seu
casamento ou aniversário para o mundo,
para quem está longe e não pode estar
presente.
Aniversários, Casamentos, 15 anos,
Bodas, Eventos Empresariais e Esportivos,
Congressos e Feiras
Telefone:
(75) 9119-9017 / Email: osm2112@gmail.com
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