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Retroagindo ou metendo a corda no pescoço |
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07/04/2019
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Neste
artigo, procurarei fazer-me de desentendido
para não ser compreendido, embora as coisas
ocorram pelo avesso do contrário. É muito
simples: um município só desenvolve quando
tem produção material ou cultural, ou
se embrenha pelo comércio. Levando-se
em conta o aspecto da geração de trabalho
e renda.
Sendo
Ipirá um município de base rural, com
uma economia fincada na pecuária, com
predominância da pequena propriedade é
razoável que se pense de forma coerente
sobre esse setor econômico. É justamente
aqui, que está o X do problema e o Y da
questão. Como desenvolver este setor?
São mais de 6.800 propriedades rurais.
A seca é uma agravante, mas não é um impedimento.
Onde está a solução para o fomento da
atividade pecuária em condições de consolidação
e crescimento? De forma bem simples; no
amparo da produção. Se a produção tiver
meios de garantia e suporte no mercado
ela prosperará. Ou não é assim?
Essa pecuária de Ipirá está carente e
necessitando de um suporte adequado para
poder prosperar. Mais do que prioridade,
é uma questão de vida ou continuar na
pendenga. Ipirá precisa de um laticínio,
um matadouro e um parque de venda de animais.
Três coisas para animar a produção rural.
Três coisas essenciais, elementares e
necessárias. Se não são, mostre o caminho,
mas não fique mudo parecendo uma parede.
Por incrível que pareça, não tem
um Satanás, no bom sentido, que bote essas
três coisas para funcionar em Ipirá. Eu
fiz esse arrodeio todo para chegar ao
Parque de Vendas de Animais em Ipirá.
Não tem como funcionar um, aí fizeram
dois locais de venda. É incrível como
as coisas acontecem neste município! Aqui,
em Ipirá, se dá dois passos atrás, sem
a menor vontade de ir adiante.
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O
local de venda de animais está voltando
ao local que era antes, sem nenhuma condição.
Um terreno particular, sem infra-estrutura;
um lamaçal quando chove; um sol de lascar
o juízo quando não chove, sem a sombra
de uma árvore sequer, simplesmente, com
base no argumento de que está junto ao
Centro de Abastecimento e que tem condições
de vender a um feirante. Esse é o argumento
básico.
Para os que defendem o retorno da venda
ao lugar antigo, não importa o atraso,
a precariedade do local, muito menos a
coisa pequena, miúda e atravancada. Não
importa, o gargalo e a falta de perspectiva.
Nada disso tem importância, o que vale
é que ali poderá aparecer alguém para
comprar uma marrã, até pelo preço de mercado,
mas com a comodidade de estar junto ao
Centro de Abastecimento. Comodidade vale
mais do que perspectiva de crescimento.
A feira no Parque de Exposição tem outra
estrutura. É outra apresentação. Tem uma
logística que não encontramos em outras
cidades. Coisa de fazer inveja, mas que
não é compreendida assim.
E os compradores? São os mesmos, tanto
faz no Parque como junto ao Centro, basicamente,
são os mesmos compradores e são bem-vindos,
pois eles compram mais de dois caminhões
de animais, toda quarta-feira, produzidos
no município de Ipirá.
Uma feira de animais em Ipirá, respeitada
em toda região; com poder de atração e
de competição; que movimente a comercialização
da produção do nosso município; que seja
um expoente e uma alavanca para o crescimento
e desenvolvimento da produção rural. Isso
é impossível de acontecer no local antigo,
junto ao Centro de Abastecimento, e poderá
muito bem ser viabilizado no Parque de
Exposição, basta organização, planejamento
e ação. No meu ponto de vista, o local
antigo é um retrocesso e no Parque de
Exposição é uma perspectiva.
Eu posso até está falando e escrevendo
para ouvidos moucos, para as paredes ou
para aves agourentas e pessimistas, mas
numa coisa eu estou correto, mesmo sem
ser convincente e sem a obtenção de consenso:
o município de Ipirá só será próspero
quando incrementar e instrumentalizar
a sua produção, nos aspectos da sua eficiência,
da produtividade e da comercialização.
Que apresentem outros caminhos. |
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Você
pode até dizer que tudo isso é bobagem
e que não quer saber de nada disso; que
pouco importa e que tanto faz; mas venhamos
e convenhamos, tem uma pessoa neste município
que tem que tomar uma posição, que tem
que decidir e demarcar a situação: é o
prefeito Marcelo Brandão.
O prefeito é o administrador da cidade,
não pode ficar omisso ou em cima do muro.
O prefeito do município tem que agir para
resolver o problema, tem que buscar uma
solução, tem que mostrar que é e que tem
autoridade ou então ficará a triste imagem
de um banana omisso, incompetente e inconseqüente.
Não adianta ficar esperando por governo
federal e estadual. Ipirá está órfão destas
instâncias e não consegue nem ser adotado,
esta é uma triste realidade. Ipirá está
nas mãos de sua própria gente.
Por
Agildo Barreto
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