A capa da edição da revista semanal francesa de humor "Charlie Hebdo", destacando o Copa do Mundo feminina, está causando revolta nas redes sociais e entre jogadoras.

Na imagem, uma bola de futebol começa a entrar numa vagina. Na chamada: "Vamos engolir isso por um mês".

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"Caramba! Obviamente não é o tipo de notícia que a gente desejaria ver. Espero que, por meio do nosso jogo, as pessoas possam se arrepender e entender que o que estamos fazendo é incrível e que merecemos muito respeito", reclamou Samantha Mewis, atleta da seleção dos EUA, em entrevista à agência Reuters.

Capa da 'Charlei Hebdo' destacando a Copa feminina na França Foto: Reprodução

Nas redes, usuários se referiram à capa com vários adjetivos: "machista", "revoltante", "desprezível", "desrespeitoso", "ofensivo", "perigoso", "repugnante".

Em página da reportagem sobre a Copa, ilustração traz uma espécie de mascote em forma de vagina Foto: Reprodução/Twitter

Alguns poucos têm defendido a "liberdade de expressão".

A Fifa ainda não se manifestou.

A pedido do PAGE NOT FOUND, outras reações à capa da revista:

"Muito mau gosto. Credo!" - Flávia Oliveira, jornalista.

"Que coisa!!!!!!! O machismo não melhora! Futebol feminino incomoda muito. Eles que pensavam que somente podiam falar, entender e viver o futebol estão vendo que não. Muito decepcionante que um país tão aberto e humanista como a França dê essa demonstração clara de machismo e de sexualizar o futebol feminino" - Flavia Dos Santos, psicóloga e sexóloga.

"Que nojentooooooos. Não tem mulher trabalhando nessa redação e os caras que fizeram isso não têm mãe, mulher, irmãs e filhas? Porque só consigo imaginar tamanho desrespeito partindo de quem não convive com mulher nenhuma... são atletas numa competição! Machismo é pouco...", Mariana Godoy, jornalista e apresentadora de TV.

A "Charlie Hebdo" foi alvo de ataque terrorista em 7 de janeiro de 2015 em retaliação por publicar charges sobre o Maomé, o profeta do islamismo. Doze funcionários do periódico satírico foram mortos em um ataque reivindicado pela al-Qaeda no Iêmen.

Fonte: Extra/Globo - Por: Fernando Moreira

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