O
empresário Sadi Gitz, que era dono de fábrica de cerâmica
rem recuperação judicial. Foto: Prefeitura de Aracaju
Empresário se suicida na frente do governador
de Sergipe
e do ministro de Minas e Energia
Sadi
Gitz, dono de fábrica de cerâmica em recuperação
judicial, se matou com tiro na
cabeça depois de fala do governador em evento
em Aracaju nesta quinta-feira
05/07/2019
Um
empresário do setor de cerâmica se matou
com tiro na cabeça na frente do governador
de Sergipe, Belivaldo Chagas, e do Ministro
de Minas e Energia, Bento Albuquerque,
durante abertura de um seminário sobre
o mercado de gás que aconteceria em Aracaju
a partir desta quinta-feira, 4.
Segundo relatos de pessoas que presenciaram
o suicídio, o empresário Sadi Gitz se
levantou após a fala do governador, ameaçou
dizer algumas palavras e se matou. Fontes
do governo estadual contaram que o empresário
era dono de uma fábrica de revestimentos
cerâmicos que estava com as atividades
suspensas por causa do alto preço do gás.
Com isso, ele teria falido.
Continua Depois
da Publicidade
A
Cerâmica Escurial vinha enfrentando dificuldades
há algum tempo e atualmente está em recuperação
judicial. A empresa passou a consumir
gás com pagamento antecipado e há cerca
de dois meses paralisou as atividades
por falta de condições de caixa.
Belivaldo Chagas lamentou a morte do empresário
e disse: “Vida que segue”. Ante de se
matar, Gitz chamou o governador de “mentiroso”.
Belivaldo responsabilizou a Petrobrás
pelos preços do gás praticados pela Sergas.
O governo do Estado de Sergipe lamentou
o ocorrido nas redes sociais e informou
que o evento estava cancelado: “O Governo
do Estado de Sergipe lamenta o ocorrido
com o empresário Sadi Gitz, da cerâmica
Escurial, que cometeu suicídio durante
o evento. Por conta do ocorrido, o Simpósio
de Oportunidades para o novo cenário do
gás natural em Sergipe está cancelado”.
O Governo do
Estado de Sergipe lamenta o ocorrido
com o empresário Sadi Gitz, da cerâmica
Escurial, que cometeu suicídio durante
o evento.
Por conta do ocorrido, o Simpósio
de Oportunidades para o novo cenário
do gás natural em Sergipe está cancelado.
pic.twitter.com/FaRkBcADu7
Em maio deste ano, o empresário Sadi Gitz,
70 anos, decidiu pela suspensão das atividades
da fábrica de revestimento cerâmicos Escurial
e, em nota distribuída à imprensa, culpou
o o governo do Estado pela medida. “O
motivo determinante para essa decisão
foi o preço do gás cobrado pela Sergas,
empresa do governo do Estado de Sergipe”,
afirmou. Com a hibernação, foram perdidos
200 empregos diretos e 400 indiretos.
Sadi Gitz havia contestado judicialmente
a Sergas pelo preço que considerou abusivo,
inclusive com um “pedido de perdas e danos”.
O empresário afirmou, em maio, que “a
perda de arrecadação de tributos, redução
de ambiente de negócios, são fatos que
se sobrepõem a qualquer discurso teórico-político.
Nenhuma empresa ou empresário tem satisfação
em hibernar, mudar ou relocar uma unidade,
mas as condições operacionais só existem
se houver uma política real de fomento
à atividade produtiva”.
O empresário era natural de Porto Alegre
e chegou ao Estado de Sergipe na década
de 1980. Em 1993, fundou a Cerâmica Escurial,
no Distrito Industrial de Nossa Senhora
do Socorro, região metropolitana de Aracaju.
Em 2014, a Escurial viveu o melhor momento
financeiro e fez um investimento de R$
70 milhões.
Gitz chegou a ocupar cargos na prefeitura
de Aracaju: foi superintendente municipal
de Transportes e Trânsito e da Empresa
Municipal de Urbanismo (Emurb). Também
foi presidente da Associação Comercial
e Empresarial de Sergipe (Ascese).
Que
tal colocar seu evento na internet
(no Ipirá Negócios, facebook, etc.)?
Mostre sua festa, seu
casamento ou aniversário para o mundo,
para quem está longe e não pode estar
presente.
Aniversários, Casamentos, 15 anos,
Bodas, Eventos Empresariais e Esportivos,
Congressos e Feiras
Telefone:
(75) 9119-9017 / Email: osm2112@gmail.com
Termos
e condições para publicação
de comentários de internautas:
Ipirá
Notícias não publicará
comentários ofensivos, obscenos,
racistas, que estimulem a violência,
sejam contra a lei ou não correspondam
ao assunto da reportagem (leia
aqui as normas de publicação).
Todos os comentários enviados serão
previamente avaliados.