Prefeito Marcelo Brandão, não se desespere,
homem de Deus! Não acredite em enquete
comprada, montada, manipulada. Isso não
tem nenhum valor científico. Se necessário
for, uma contraprova, encomende uma pesquisa
com público alvo bem definido, no seu
caso, os donos da empresa proprietária
do Centro de Abastecimento e os moradores
da Praça Puxa. Se o resultado for negativo.
Já foi.
Um feliz 2020 para o prefeito Marcelo
Brandão será com vitória no pleito eleitoral
municipal, com a garantia da reeleição.
Seria o sucesso administrativo, político
e pessoal.
Se a enquete verdadeira for, a trajetória
política do prefeito Marcelo Brandão está
caminhando a passos largos do céu ao buraco.
A carreira política do prefeito MB tem
como alicerce uma projeção como locutor
de um programa crítico e o apoio de uma
tradicional oligarquia. Com uma derrota
em 2012 por 49 votos, foi consagrado em
2016 com uma vitória com mais de 1600
votos. Criou-se uma expectativa enorme
na população de Ipirá. Restava mostrar
competência administrativa e política.
O prefeito MB herdou uma herança maldita
de doze anos ou mais de descalabro administrativo,
o que se tornou grandes problemas: um
matadouro imprestável, um Mercado de Arte
incendiado, uma Casa do Estudante desmoronada.
Não conseguiu resolvê-los, só conversa
mole.
O prefeito MB herdou uma herança bendita
de votos do grupo chamado jacu. Com uma
atuação desastrosa no campo político o
prefeito MB vai dilapidando esse cabedal
de votos construído por décadas pela oligarquia
Martins.
Sem habilidade política não consegue coordenar
os anseios dos eleitores e seguidores
do próprio grupo. Cisca como galinha,
jogando os filhotes de jacu para fora
do grupo. Não estabelece um fortalecimento
de liderança no grupo; desconsidera a
liderança de Luiz Carlos e não consegue
projetar a sua.
Conseguiu um fracasso fenomenal na relação
institucional com a Câmara de Vereadores
e principalmente com os vereadores de
seu grupo. Esquece ou não quer considerar
que o vereador é o principal condutor
do voto no município de Ipirá.
O prefeito MB falha no essencial na gestão
pública: falta com a palavra aos seus
e aos munícipes. Perdeu a confiabilidade.
Sem um projeto concreto para o município,
falhou na sua principal motivação: fazer
festa.
No início conseguiu inovar e criou um
novo circuito para a Micareta, mas o camarote
caiu. Conseguiu ser pior do que a macacada
na realização de réveillon e festejos
juninos. Não conseguiu compreender que
a Praça da Bandeira está superada para
grandes eventos. Nem a sua família participa.
Fez uma grande exposição porque teve uma
comissão organizadora competente. Falta
ao prefeito MB diálogo aberto e democrático
com a população e sobra vaidade, esnobismo
e capricho.
A idéia de jogar o milho moído e juntar
novamente os filhotes de jacu não tem
futuro. O desejo de vingança é maior do
que qualquer intenção de esquecimento
e retorno ao ninho antigo. A principal
causa e o veneno letal que destrói a paixão
pelo grupo tem nome e rótulo: prefeito
MB.
Mas quem será o candidato do grupo para
2020? Não tem outro nome, a não ser Marcelo
Brandão. Nessa trajetória, ele foi habilidoso
e eficiente. Não valorizou nem projetou
qualquer outra pessoa. Está deixando um
caixão sem alça para qualquer outro jacu
que seja pretendente. Ninguém vai cair
nesse esparro, só tem a figurinha carimbada
do prefeito Marcelo Brandão.
A candidatura Marcelo Brandão 2020 será,
potencialmente, inferior à sua candidatura
em 2016. Carrega um desgaste volumoso
e não representa nenhuma novidade. Toda
a população já conhece a peça. Isso é
inegável.
Em 2020, o prefeito MB viverá o seu inferno
astral, que não o seja, pelo menos uma
grande dor de cabeça. O empresário do
transporte que teve seu habeas corpus
negado tenta uma negociação para fazer
delação premiada envolvendo Casa Nova,
Jequié e Ipirá. Isso representa uma grande
dor de cabeça, nem que seja, na cabeça
do dedão do pé, por mais frio que o prefeito
MB transpareça. Como desejar um feliz
2020 para o prefeito MB se a sua sombra
assombrada está na primeira esquina?
O prefeito MB está nadando na lanterna
dos afogados. E o pior é que não vai sozinho,
vai levar a oligarquia Martins à tira-colo.
Quem da família Martins pegará esse caixão
sem alça? Quem perdeu o juízo na família?
Quem pensa ‘bem pensado’ nessa oligarquia?
Para quem está no caminho da perdição,
todo mato é caminho para a salvação. A
oligarquia Martins é coisa de família,
elitista e fechada. Não abre prá nada,
prá ninguém, nem para o trem. Por isso
tomou dois catiripapos do macaco por cima
do pé do ouvido (Jurandy em 76 e Dió em
2004).
Se a jacuzada não rezar uma missa encomendada
não evitará a derrota 2020 e o crepúsculo
do político-gestor Marcelo Brandão, que
não será salvo nem para locução FM. Se
não fizer o que o macaco fez não dará
o troco e tem gente na macacada querendo
um punhado de milho inteiro.
Por
Agildo Barreto |
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