A
festa de Réveillon, promovida pela prefeitura
de Ipirá (BA) lotou a praça Roberto Cintra.
A confraternização começou às 21h, do
dia 31, com Betho Botho.
Nos últimos instantes de 2018, já com
a banda Pagodart, foi feita a contagem
regressiva para receber 2020 com a esperada
queima de fogos. Dando prosseguimento,
às 03h, e finalizando a noite festiva,
quem animou a galera foi o artista Bruno
Rayone.
A praça
Roberto Cintra já foi palco de grandes
festas
A praça Roberto Cintra, já foi palco de
grandes festas. O espaço, era adequado
há trinta anos atrás, quando Ipirá tinha
uma população pequena, (em torno de 20
mil habitantes), que cabia no espaço com
calçamento. A população hoje está em tamanho
muito superior (em torno de 70 mil habitantes),
fazendo com que as últimas gestões não
mais utilizassem o espaço para festas.
Nesta gestão, o prefeito Marcelo Brandão,
em um ato de pura insensibilidade, retornou
a fazer festas no espaço jardinado, hoje,
totalmente desadequado e inconveniente.
A praça, por possuir um espaço calçado
pequeno, ao ser completamente tomado,
inevitavelmente obriga aos cidadãos a
invadirem a área jardinada, que por pior
que esteja abandonada, não deixa de ser
um jardim. A população, em sua grande
maioria desaprova totalmente festas na
citada praça, mas parece que só o prefeito
Marcelo não nota isso. Se tivéssemos um
prefeito de pouco nível escolar diríamos
que era falta de educação e princípios,
que a culpa era do povo que o elegeu.
Festa agride
área jardinada
Nesta terça-feira (31), presenciamos as
barracas colocadas na praça sem nenhum
critério, onde os barraqueiros colocavam
as suas barracas onde bem entendiam, ou
em cima da calçada, ou em qualquer lugar
em cima da área jardinada.
O evento festivo, comandada pelo locutor,
Thiago Soares 'Boy', contou com uma estimativa
de público de mais de 30 mil pessoas.
A praça foi totalmente tomada e pisoteada
em seu restante de plantas, um verdadeiro
absurdo. Esta gestão, mais uma vez, simplesmente
tratou a praça como um grande campo desolado,
em um flagrante desrespeito ao patrimônio
público, a memória da praça e ao que ela
representa, e ao povo de Ipirá.
Ao agir desta forma, nós temos um prefeito,
que apesar de possuir educação de nível
superior, comporta-se como um prefeito,
insensível e negligente, onde não quer
enxergar que festas neste local, da forma
como está sendo realizada, é uma agressão
a área jardinada, parecendo esquecer que
a praça Roberto Cintra é a primeira rua
desta cidade, sendo um patrimônio histórico
de todos os ipiraenses, e é o principal
ponto turístico e de lazer desta cidade,
e assim, agredi-la é agredir o povo de
Ipirá.
'Ipirá,
orgulho de viver aqui?'
Persistindo no erro, o que vejo e uma
gestão, que em relação a esta praça, tão
cara e querida aos ipiraenses é uma verdadeira
omissão. Parece que o que se pretende
é realmente destruir esta praça, referência
para o ipiraense. Enfim, a festa realizada
em cima de uma praça jardinada configura-se
em um ato bárbaro.
Não prestigiar a praça Roberto Cintra
como um espaço histórico, referência para
o povo ipiraense, é lastimável, mas além
de não conservar e contribuir para a sua
destruição total quanto jardim, é no mínimo
insensibilidade, irresponsabilidade e
desrespeito ao bem público e ao povo de
Ipirá.
Negligenciando totalmente a conservação
da praça, a Gestão contradiz o seu slogan:
'Ipirá, orgulho de viver aqui', fazendo
o bordão soar como um deboche ao povo
de bom senso do município.
Já que o prefeito interditou a Praça de
Eventos, há um ano, sem nada nela fazer,
a festa, poderia acontecer na chamada
'orla', uma área já conhecida por possuir
diversos bares e ser isenta de áreas jardinadas.
Voltando a salientar, que a praça Roberto
Cintra, não possui estrutura para eventos
deste porte, a começar pela falta de sanitários.
Apesar de serem colocados sanitários (bem
no meio das áreas jardinadas), para dar
suporte ao evento, presenciámos diversos
adultos e crianças fazendo as suas necessidades
fisiológicas pelas esquinas, atrás de
plantas e nos bares vizinhos a localidade.
Tempo de
'marretadas'
Estamos vivendo um tempo de 'marretadas'.
Esta praça é história, uma referência
para Ipirá e o seu povo. Não é por que
está abandonada que vamos acabar de destruir
o que resta dela, acima de tudo ainda
é um jardim, e somos um povo civilizado.
Diante do que vem acontecendo, sendo a
praça Roberto Cintra uma praça jardinada
e não um imenso campo desolado, esta gestão,
além de abandoná-la, está tratando esta
praça com graves contravenções, pois é
muito fácil, quanto gestão, ver que é
considerado crime ambiental a invasão
de áreas jardinadas, e o governante que
não enxergar desta maneira poderá ser
processado por crime de omissão e falta
de proteção à natureza e ao patrimônio
público, com o agravante de que, quanto
governo, a gestão deve contribuir para
o avanço do município em todos os seus
aspectos. Persistir em fazer festa em
área jardinada é ir contra o bom senso,
é ir na contramão do desenvolvimento,
é querer manter o povo em atraso cultural,
dando mau exemplo a crianças e a pessoas
de pouca formação.
Basta divulgar
uma 'Batida de latas'
Está comprovado que o ipiraense gosta
de festas, ou seja, basta divulgar uma
'batida de latas', que na falta de melhor
opção, já se forma um grande público.
Apesar do grande público, na virada 2019,
o que vimos foi um evento sem novidades,
sem atrativos. Uma programação centrada
nos estilos musicais do Pagode e do Arrocha,
excluindo a parcela da sociedade que prefere
um estilo mais refinado, ligado a qualidade
e estilo de despedida que o momento representa
para a grande parte da população, composta
por pessoas 'maduras', as vezes saudosistas.
Enfim, foi apresentada uma programação
musical 'pesada' e excludente, resultando
em um público formado em sua grande maioria
pelo 'povão', por pessoas da periferia
e da zona rural. O povo do centro, em
sua totalidade, ou ficou em casa, ou fugiu
de Ipirá, foi para outros locais.
Faltou
a presença de Políticos, Secretários,
Diretores e Vereadores na festa do 'povão'
Vale salientar, que apesar da reportagem
ficar (por conta do oficio), das 21 às
3hs, ou seja, um período de 6hs, observando
o movimento festivo, não notamos a presença
do prefeito Marcelo Brandão, nem do líder
político, Luís Carlos Martins, no circuito
festivo. Também não notamos a presença
de um único Secretário ou Diretor municipal,
ou mesmo a presença de um único vereador,
que pudessem estar presentes e com isso
prestigiarem, junto com o 'povão', as
festividades da 'virada'.
Agora é esperar para saber quanto custou
esta 'Festa da Virada' para o município,
para o bolso do ipiraense.
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