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De
acordo com pesquisa, 74% das mulheres disseram
ter orgasmos sempre
que se masturbam |
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08/02/2020
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Uma
pesquisa lançada na última semana pelo
site Prazerela revelou que apenas 17%
das mulheres brasileiras conseguem gozar
durante a penetração. A grande fonte de
prazer, segundo 60% das entrevistadas,
está na estimulação externa do genital,
ou seja, na masturbação.
Os dados mostram ainda que 74% das mulheres
disseram ter orgasmos sempre que se masturbam,
enquanto apenas 36% têm orgasmos frequentes
nas relações sexuais. Além disso, quando
se masturbam, 70% das mulheres gostam
de tocar diretamente no clitóris, sendo
que 67% usam apenas as mãos e 21% se estimulam
com algum vibrador.
Quando perguntadas sobre a forma que elas
têm mais prazer, 27% apontaram ser quando
o parceiro faz sexo oral; 22% quando são
tocadas o clitóris; e 19% quando se masturbam
sozinhas. Participaram da pesquisa 1.370
mulheres. O perfil predominante foi de
mulheres heterossexuais, monogâmicas,
entre 21 e 40 anos, solteiras, com predominância
da região Sul e Sudeste.
As principais dúvidas e dificuldades em
relação à intimidade sexual, de acordo
com as entrevistadas, é que elas ainda
se sentem pressionadas a chegar ao orgasmo
durante a penetração. “Esse é um dado
social que reforça a nossa cultura falocêntrica.
Por outro lado, vai contra a anatomia
feminina: o orgasmo pela penetração vaginal
é raro pois se trata de uma região pouco
inervada”, explica Mariana Stock, idealizadora
da pesquisa.
“Numa
concepção social de que sexo é igual à
penetração, a libido da mulher é diretamente
afetada uma vez que a grande maioria delas
não sente prazer ao serem penetradas.
Por isso, pesquisas comparam a satisfação
sexual entre mulheres heterossexuais e
mulheres bissexuais e homossexuais deixam
claro que mulheres que se relacionam com
mulheres estão muito mais satisfeitas.
Mas, isso não é para assustar os homens.
Pelo contrário, está na hora deles perceberem
que têm um corpo inteiro para transar
e tirar um pouco o foco da penetração”,
finaliza Mariana.
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A
educadora sexual Karol Rabelo aponta que
a palavra masturbação ainda causa muito
bloqueio nas mulheres. “Não só por questões
religiosas, mas por impedimento ao se
tocar. É uma prática que as ajudam a entender
as reações do corpo e orientar o/a parceiro/a
a como estimulá-la melhor, mas poucas
mulheres tem essa liberdade com o próprio
corpo, até pela forma como foram criadas”,
explica.
Apesar dessas dificuldades, Karol afirma
que se masturbar é muito importante para
o autoconhecimento e para entender o processo
pelo qual o corpo passa. “Nosso organismo
oscila muito, ainda mais por questões
hormonais, então nossa sensibilidade está
sempre diferente. Os estímulos parecem
diversos em determinados momentos do mês
e da vida”, argumenta.
Ela ainda revela que existem exercícios
que servem tanto para quebrar o entrave
quanto para mulheres que já tem a liberdade
de se tocar, mas mesmo assim querem compreender
melhor. Uma prática simples é, durante
o banho, se ensaboar com sabonete líquido
e deslizar a mão facilmente pelo corpo.
“Parece simples, mas isso ajuda a entender
as reações do corpo e tira aquela ideia
de ser algo sexual, porque a masturbação
às vezes causa repulsa e isso vai ajudar
a quebrar a barreira aos poucos”, ensina.
Karol também recomenda tirar um tempo
para se conhecer melhor, mesmo que sejam
só dez minutos. Colocar uma música relaxante,
fechar os olhos, estar num local confortável
e usar vibradores podem ajudar a estimular
o corpo.
A educadora sexual ainda acrescenta que
é essencial conhecer um pouco da anatomia
do corpo, para saber como excitá-lo. “A
grande maioria não sabe sobre o próprio
clítoris, acha que é só o botãozinho bem
acima extremamente sensível, mas o clítoris
fica em toda parte frontal da vulva”.
Seis dicas
para dar um boost na masturbação
1) Massageie o ponto externo do clítoris,
que vai ser o estopim para a excitação.
Vale alternar os sentidos para cima e
para baixo, em círculos e com maior intensidade;
2) Continue a massagem seguindo para a
parte inicial da entrada do canal vaginal;
3) Introduza o dedo no canal vaginal e
massageie a região;
4) Com os dedos dentro da vagina, faça
um gancho. Facilita encontrar o ponto
G, que é a região mais esponjosa;
5) Faça um movimento de vai e vem com
os dedos, na velocidade que for confortável,
percebendo as reações do corpo;
6) Use óleos vibratórios para aumentar
a excitação. Já excitada é mais fácil
para a mulher se estimular.
Fonte:
Metrópoles, Por Tatyane Mendes
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