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A
coluna Pouca Vergonha conversou com a sexóloga
Tatiana Bovolini sobre os
malefícios, que podem até gerar a perda de apetite
sexual |
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08/02/2020
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Muito
simples de ser executada, mas ainda marcada
por muitos tabus, a masturbação é simplesmente
o ato de chegar ao orgasmo tocando a próprias
partes íntimas. Ela pode ser realizada
com as mãos ou com o uso de algum objeto.
Assim, cada um ativa a criatividade visando
à obtenção do prazer maravilhoso que é
proporcionado pelo ato.
Apesar de ser uma ótima forma de autoconhecimento,
o excesso pode fazer mal. “O vício, como
qualquer outro, pode trazer danos traumáticos
ao indivíduo”, explica a sexóloga Tatiana
Bovolini. Para ela, o ato não é ruim,
desde que não extrapole os limites do
bom senso.
“Se o estímulo for sempre
o mesmo pode ser ainda mais prejudicial,
pois o cérebro pode acabar ‘viciando’,
fazendo com que essa pessoa tenha dificuldade
de atingir o orgasmo de outras formas,
principalmente nas relações sexuais”.
A especialista explica que não existe
uma quantidade ideal de vezes para se
masturbar em um dia. “Os riscos não atingem
quem pratica masturbação algumas vezes
na semana, e, sim, quem se masturba com
tanta frequência que acaba interferindo
nas atividades diárias, como trabalho,
lazer ou estudo, deixando de lado a interação
social em prol do prazer solitário”.
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Diminui
a sensação de prazer
Segundo um estudo realizado pela Universidade
de Paisley, na Escócia, e assinado pelos
cientistas Dr. Stuart Brody e Tillman
Kruger, há uma concentração 400% maior
de hormônios como a ocitocina e a prolactina
durante a relação sexual do que em orgasmos
alcançados por meio da masturbação.
A ocitocina está diretamente relacionada
ao prazer sexual, então, quando você se
masturba, a satisfação é 400% menor do
que em uma relação sexual e, por isso,
quanto mais você se masturba, mais seu
cérebro fica esperando uma onda de prazer
que nunca chega.
Diminui
a sensibilidade
Parece cenário de filme de terror, mas
é um problema real! Quando você se masturba
demais, pode gerar a Death Grip Syndrome.
Uma síndrome que ocorre por causa da força
da mão sobre o membro e tira a sensibilidade
dos nervos do pênis ou do clitóris. O
Doutor Michael. A. Perelman escreveu um
artigo sobre isso para a revista Vice,
e sugeriu que os leitores mudem os movimentos
da mão na hora de se masturbar para que
o corpo consiga responder o estímulo de
forma diferente.
Perda de
cabelo e de memória
Parece estranho, mas a masturbação em
excesso pode estimular as funções do neurotransmissor
acetilcolina e do sistema nervoso parassimpático.
A falta de moderação nesse estímulo pode
resultar na produção exagerada de hormônios
sexuais e neurotransmissores como a acetilcolina,
dopamina e serotonina, causando uma mudança
considerável na química do corpo. Esses
efeitos colaterais, segundo a médica,
podem resultar em: fadiga, perda de cabelo,
perda de memória, visão embaçada e, no
caso dos homens, dor nos testículos.
Exaustão
sexual
Como a masturbação em excesso afeta as
funções do sistema nervoso e do fígado,
também pode iniciar um processo de exaustão
sexual até em homens e mulheres mais jovens.
Vazamento
de esperma
No caso dos homens, a masturbação em excesso
pode provocar um “vazamento de esperma”,
mesmo sem ereção, e torná-lo comum no
seu dia a dia. Isso é um sinal de que
o nervo que costuma “fechar a válvula
da ejaculação” está enfraquecido por causa
do excesso de estimulação na área.
Fonte:
Metrópoles, por Giulia Roriz |
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