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O
juiz federal Alex Schramm de Rocha determinou
o bloqueio de bens em até R$ 24 milhões
do ex-prefeito de Feira de Santana, José
Ronaldo (DEM), e de outras quatro pessoas
por suspeita de fraude em nove licitações
da prefeitura municipal com a Coofsaúde
– cooperativa que prestou serviço terceirizado
para a gestão.
Os contratos da prefeitura com a empresa
ultrapassaram R$ 285 milhões apenas em
um ano. A relação da cooperativa com a
gestão municipal rendeu multa aplicada
pelo Tribunal de Contas dos Municípios
(TCM) e de acordo com a Corte, a gestão
de Colbert Martins – que sucedeu Zé Ronaldo
– não conseguiu comprovar a realização
de serviços que montam o valor de R$ 14
milhões.
Segundo denúncia do MPF, a cooperativa
recebeu entre 2009 e 2018 um total aproximado
de R$ 285,6 milhões do Fundo Municipal
de Saúde e da Fundação Hospitalar de Feira
de Santana. Desse total, estima-se que
tenham sido superfaturados R$ 71,6 milhões.
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Na época, o MP ressaltou que as irregularidades
analisadas na operação envolviam somente
o município de Feira de Santana, mas há
suspeitas de desvios em vários municípios.
A cooperativa tem contratos com mais de
30 cidades. De acordo com os promotores
de Justiça responsáveis pela investigação,
foi constatado que a Coofsaúde recebeu,
entre 2007 e 2018, quase um R$ 1 bilhão
proveniente de contratos celebrados com
diversos municípios baianos e com o Governo
do Estado.
Em novembro do ano passado, o contador
Robson Xavier de Oliveira, conhecido como
Robinho, foi preso em Salvador. Ele era
o último investigado na Operação Pityocampa,
que desarticulou um esquema de fraude
a licitações e superfaturamento em serviços
de saúde no município de Feira de Santana.
O bloqueio de bens determinado hoje pelo
juiz Alex Rocha atende a um pedido liminar
feito pelo Ministério Público Federal
e alcança, além de Ronaldo, Denise Lima
Mascarenhas (ex-secretária de Saúde),
Antonio Rosa de Assis, José Gil Ramos
Lima da Penha e Cleudson Santos Almeis
(todos servidores da cidade).
Fonte:
Metro1, Por Alexandre Galvão |
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