Tudo
dentro do programado: cock-tail preparado
no hotel, coffee break arranjado, outdoor
arrumado, tudo com antecedência; carro
de som, foguetório, placa, filarmônica,
charanga, fanfarra, toda a linha de frente
da macacada de prontidão, tudo isso para
esperar o asfalto do centro de Ipirá,
na segunda-feira, 9 de março.
As máquinas do asfaltamento tinham chegado
dois dias antes. O motorista da transportadora
indagou a uma pessoa onde desembarcaria
as máquinas. Depois de ouvir a resposta
de que era o governo do Estado que pagaria
a conta, a pessoa disse: “é aqui mesmo
que vai desembarcar!” O local fica em
frente a uma oficina da jacuzada.
Tudo dentro do planejado. O asfalto da
macacada, pago pelo governo do Estado,
começaria na segunda-feira, 9 de março,
mas por obra do destino ou praga de jacu,
uma máquina asfáltica, ao desembarcar
deu um catiripapo e quebrou. A obra só
iniciará na quinta-feira, 12 de março.
A pessoa, em frente à oficina da jacuzada,
anunciou: “o asfalto do prefeito vai começar
na quinta-feira (12/3).”
Observe que a lambança do asfalto está
preparada e tem mais coisa para o asfalto
da lambança. “Prá que essa festa da macacada,
se o governo do Estado só mandou 1 km
e 7 m de asfaltamento e o restante é recurso
próprio da prefeitura?” Aí, para não ficar
por baixo, um macaco responde à altura:
“o prefeito MB deve dizer as ruas do asfalto
com recurso próprio, porque o centro será
asfaltado pelo governo do Estado!”
Para encurtar a escrita, pense numa conversa
que vai ter mais quilometragem do que
o asfalto e vai durar até o pleito eleitoral
do município 2020! Depois de pensar nisso,
indague por que isso é assim? A resposta
não é complicada, porque Ipirá sofre do
abandono nocivo do governo do Estado e
da péssima administração do governo municipal.
Ipirá está entregue à própria sorte e
pelo desalento, descrédito e desrespeito
porque passamos, qualquer coisa é uma
grande novidade e um asfaltamento ganha
ares de ‘coisa do outro mundo’ e tem mais
patacoada do que borra de petróleo no
chão dessa cidade. Então, é assim que
tem que ser.
Em ano eleitoral, o asfalto ganha cara
de obra eleitoreira e é disputado como
tal. O candidato da macacada Dudy, que
assumindo ares de MIDI HAIR, diz que vai
transformar Ipirá em 2021 e, ‘o coitado’
não percebe que está enterrado até o pescoço
no ‘esquema macaco’, que esse asfalto
fortalece muito mais a candidata Nina
à prefeitura, também pela macacada, porque
tem o amparo do deputado Jurandy Oliveira. |
Continua Depois
da Publicidade |
|
O deputado Jurandy Oliveira assume ares
de MEGA HAIR e diz que foi ele, que depois
de quarenta anos como deputado, sem a
cúpula da macacada, que conseguiu sua
primeira obra para Ipirá, junto ao governo
do Estado, que é esse asfalto e por isso
a sua candidata Nina tem credencial para
ter pelo menos uma vice na chapa. Com
asfalto ou sem asfalto, o deputado está
tendo o valor de uma banda de conto de
réis dentro da cúpula da macacada.
Quem entrou pela culatra foi o prefeito
Marcelo Brandão. O asfalto é a obra eleitoreira
da salvação do dito prefeito. Nem que
o diabo torça o focinho, o povo tem que
acreditar que esse asfalto é obra e graça
dos recursos próprios da prefeitura. Não
pode ser diferente, até mesmo porque,
o prefeito não pode ser considerado ‘um
banana’ no município, onde o governo do
Estado invade a cidade, bota asfalto nas
ruas, sem a permissão ou alvará da prefeitura.
O prefeito Marcelo Brandão tem feito por
merecer. O dito prefeito fechou a ESCOLA
do povoado de Umburanas e transformou-a
num depósito para entulho de cadeiras
quebradas. Para o referido prefeito isso
está certo.
Falhou a sua equipe especializada na recuperação
do equipamento escolar (promessa de campanha)
e o prefeito Marcelo Brandão não quer
entender que uma ESCOLA é uma referência
para uma comunidade, que se sente valorizada,
amparada e protegida.
Sem a escola municipal. a comunidade sente-se
surrupiada e extirpada em seu direito
inalienável, que é ter uma escola na localidade,
ao mesmo tempo que, essa atitude provoca
uma perda imensurável, mais ainda, desvaloriza
e desqualifica o povoado, que passa a
existir sem escola e sem asfalto.
Esta postagem está sendo feita, às 6 h,
da segunda-feira, 09 de março, antes mesmo
de qualquer alvoroço na cidade, devido
a chegada do asfalto.
Se por acaso as coisas não acontecerem
do jeito que está posto, é porque fugiu
ao programado e para solucionar esse bate-boca,
eu quero dar uma sugestão: “Ô macacada!
Ô jacuzada! não existe asfalto quente
e asfalto frio? Façam o seguinte: 4 h
da manhã, coloque a mão no asfalto, ele
vai estar frio, é o asfalto do seu grupo;
meio-dia, o sol à pino, lascando no meio
da cabeça, o outro coloca a mão no asfalto,
ele vai estar quente, é o asfalto do seu
grupo.” Pronto, tá resolvido.
Deu para ouvir: “quem coloca a mão de
madrugada é você” e a resposta foi imediata:
“lá ele, eu vou colocar meio-dia, você
é quem vai acordar de madrugada!” Enquanto
isso, o candidato, o prefeito e o deputado
saboreavam o vinho e a champagne do asfalto,
e nesse reme-reme Ipirá continua entregue
à sorte de sua própria população. Assim
é que tem que ser, na idéia dos poderosos.
Por Agildo Barreto
|
|
|
"IPIRÁ
NEGÓCIOS dá Existência Pública aos Eventos
e as Notícias Acontecem" |
|
|