O
número de consumidores inadimplentes atingiu
63,29 milhões em maio, com crescimento
de 2,78% em relação ao mesmo período do
ano passado. Os dados do Serviço de Proteção
ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)
indicam a região Sudeste com o maior aumento
no número de consumidores com o Cadastro
de Pessoa Física (CPF) restrito para compras
a prazo ou contração de crédito, com uma
alta registrada de 8,07% em maio.
Nas
demais regiões, o crescimento foi menor,
com 2,95% no Nordeste, 2,27% no Centro-Oeste,
1,55% no Norte e 1,08% no Sul.
A região Norte apresentou o maior percentual
de inadimplentes: 48% da população adulta
residente na região ou 5,80 milhões de
devedores. Em seguida, aparecem as regiões
Nordeste, com 17,45 milhões de negativados,
ou 43% da população adulta; o Centro-Oeste,
com um total de 4,94 milhões de inadimplentes
(42% da população), o Sudeste, com 26,94
milhões inadimplentes (41%) e o Sul, com
8,15 milhões de inadimplentes (36%).
O presidente da CNDL, José Cesar da Costa,
avalia que a inadimplência do consumidor
continua alta, apesar de a recessão ter
chegado ao fim. “Por mais que o país tenha
superado a recessão, o mercado de trabalho
continua desaquecido, os juros cobrados
do consumidor ainda não caíram no mesmo
ritmo da Selic e a perda de renda real
dos últimos anos ainda não foi recuperada”,
explica. |
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A
pesquisa mostra um crescimento das dívidas
bancárias, que incluem cartão de crédito,
cheque especial, empréstimos, financiamentos
e seguros, cuja alta foi de 6,42% |
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Faixa
etária
O indicador aponta que a maior parte dos
inadimplentes tem idade entre 30 e 39
anos (17,9 milhões de consumidores). Na
sequência, estão os consumidores de 40
a 49 anos, que somam 14 milhões de inadimplentes;
as pessoas de 25 a 29 anos, que juntas
formam 7,9 milhões de negativados e, as
idades mais avançada (faixa dos 65 a 84
anos de idade), que somam 5,4 milhões
de pessoas com contas em atraso. A população
mais jovem, que vai de 18 aos 24 anos,
formam um contingente de 4,8 milhões de
negativados, o que representa 20% dos
brasileiros nessa faixa.
Os dados por setor credor indicam um crescimento
das dívidas bancárias, que incluem cartão
de crédito, cheque especial, empréstimos,
financiamentos e seguros, cuja alta foi
de 6,42%.
Também houve alta nas contas atrasadas
com empresas do setor de comunicação,
como telefonia, internet e TV por assinatura
(5,14%). Já as compras realizadas no crediário
no comércio e as contas de serviços básicos,
como água e luz, apresentaram queda na
quantidade de atrasos, com recuos de 9,49%
e 4,79%, respectivamente.
A pesquisa SPC Brasil e a CNDL consultou
capitais e interior das 27 unidades da
federação.
Fonte:
Agência Brasil, Edição: Sabrina Craide
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