|
|
(Metrópoles)
- Em tempos de empoderamento e liberdade sexual
feminina, muitas mulheres descobriram o próprio
prazer e, finalmente, se dedicaram a ele. Apesar
de ser algo extremamente positivo, fez surgir
uma situação pela qual grande parte do público
feminino passa: o drama da mulher safada, aquela
que gosta muito de sexo.
Na atual sociedade, que, apesar de já ter avançado
muito, ainda é machista e patriarcal, mulheres
safadas vivem o paradoxo entre saber que podem
e devem ser sexuais e serem constantemente julgadas
por agirem exatamente como os homens sempre
tiveram aval para agir.
“Há
quem pense, inclusive, que, ao ser muito sexual,
a mulher está tentando ‘tomar o lugar do homem’
na sociedade, tentando ocupar um espaço que
não é seu. Freud, inclusive, afirmava que a
mulher tinha ‘inveja do falo’, porque elas lutavam
para ter os mesmos direitos que os homens”,
explica a psicóloga Alessandra Araújo.
|
|
|
Mulheres
gostam menos de sexo?
Já se sabe que não é verdade a afirmação de
que homens são mais sexuais que mulheres – uma
vez que o desejo sexual é multifatorial e não
depende apenas de hormônios para acontecer.
O que muitas vezes acontece é que diversas mulheres
se distanciam do sexo justamente por causa de
toda a repressão que tiveram ao longo de suas
vidas.
“Sem
contar que a maior parte das vítimas de abuso
são as mulheres. Certas limitações sexuais são
consequências desse tipo de trauma”, afirma
a terapeuta.
Como lidar com a culpa?
Juntamente com o julgamento, os tabus e as crenças
limitantes da sociedade perante mulheres livres
e sexuais, surge a culpa. Apesar de quase inevitável
que, em algum momento, esse sentimento apareça,
é possível driblá-lo e lidar com ele da melhor
forma possível para viver em paz como uma mulher
safada.
Confira as dicas da sexóloga:
- Faça terapia! Isso é uma ferramenta essencial
para descobrir quais crenças e tabus que levaram
você a sentir essa culpa e ressignificá-los;
- Conheça seu próprio corpo;
- Tente não se importar com o julgamento das
outras pessoas, afinal, não importa qual caminho
você escolha, sempre vai haver alguém que discorda.
É melhor ser julgada por estar feliz sendo quem
se é do que ser infeliz para agradar aos outros
e ser julgada da mesma forma.
Fonte:
Metrópoles, por Thamara Maria
|