A Praça Roberto Cintra, antiga Praça da Bandeira, em Ipirá (BA), é considerada como o maior patrimônio histórico do município. Historicamente, ali se encontra a origem da cidade, lugar onde morou e nasceram os primeiros filhos do Berço Pátrio, onde aconteceram as primeiras feiras livres, etc.

Diversas cidades, mesmo capitais, possuem a sua Praça da Bandeira. A designação de 'Praça da Bandeira', representa o local onde se hasteavam as bandeiras, do país, do Estado e do município. Em Ipirá, a praça principal é considerada o cartão postal da cidade, é onde também se encontra a primeira igreja católica local (Senhora Santana), considerada por muitos como a mais bonita da Bacia do Jacuípe. A praça, além do forte sentido histórico, é o lugar, para muitos, das primeiras paqueras e namoradas, onde os pais de família levam os seus filhos para orar, se divertir, encontrar amigos no final da tarde, a noite, lugar de concentrações em épocas festivas e regularmente em fins de semanas.

Entre os anos 1954 a 1958, o prefeito Edison Pires de Cerqueira (in memoriam), valorizou o urbanismo da cidade, construiu os primeiros jardins, sobressaindo-se entre eles o da Praça da Bandeira, mandou plantar arvores e flores, colocou bancos, pisos, meio fio de pedras, realizou a mudança da feira livre da praça da Bandeira para a praça Lauro de Freitas (atual praça José Leão dos Santos).

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Quando vereador (1997 a 2004), Antônio Diomário Gomes de Sá, apresentou projeto a Câmara Municipal e mudou o antigo nome da Praça da Bandeira para Praça Roberto Cintra (in memoriam / ex-prefeito de Ipirá). Em 2008, então prefeito, Diomário, realiza ampla reforma na Praça Roberto Cintra. A reforma, na época, com valor de R$ 559.517,83 (recursos próprios), acabou gerando muitas críticas. Entre as queixas constantemente ouvidas, as mais apontadas, ainda na atualidade, são: retirou-se as guias da calçada (meio-fio) que eram de pedra portuguesa e colocou de cimento. O grande passeio (entorno) que circunda a praça era de piso e passou a ser também de cimento pintado, que logo muito cedo começou a aparecer rachaduras e para que tenha uma aparência adequada tem que ser constantemente pintado; colocou um sanitário, que dividiu opiniões sobre sua utilidade, localização e arquitetura; construiu mais um coreto, ficando a praça com dois coretos, um antigo e um novo. Além das obras citadas, a reforma de Diomário também retirou os antigos bancos, colocando novos bancos de madeira; colocou o gradil da igreja; construiu um ‘espelho d’água’, parque infantil e caixa d’água subterrânea; implantou novos gramados e novas luminárias.

Praça da Bandeira

Um dirigente sindical e também professor, acha que a praça esta descaracterizada. 'A praça começou a descaracterizar-se no momento em que mudou o seu nome de Praça da Bandeira para Praça Roberto Cintra. Não tenho nada contra Roberto Cintra, acho que qualquer rua poderia ter seu nome, mas esta praça, pelo seu significado, seu marco histórico, deveria continuar com o nome original’, disse o sindicalista, concluindo: ‘agora, aproveitando que a Igreja Senhora Santana passa por ampla reforma, é hora de se repensar a nossa importante praça', concluiu.

Um cidadão, morador da praça, disse: 'A meu ver, Ipirá merece ter a sua principal rua com um piso decente, e não este que se encontra no momento. Pela importância histórica, pela sua localização, pelo que a praça representa, no mínimo ela teria que ter um entorno de mais qualidade, e não de cimento, que além de pintado, já mostrou ser de péssima qualidade'.

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